A grandeza do orgulho e do egoísmo paraense


Orgulho, sim. Egoísmo também e em muito maior escala. Orgulho, como advocam alguns,  pode ter má e boa conotação, dependendo do objeto e da forma como se representa. Favoráveis e contrários à divisão demontraram ambos. Houve razões para aplauso por mostras de um orgulho... “bom”: orgulho de manifestar opinião (ainda que não própria); orgulho de fazer diferença; de dizer sim ou não mesmo que o outro tenha escolhido a opção oposta; orgulho de ser. E não foram poucas as manifestações errôneas e vergonhosas de orgulho insano, exagerado, exacerbado e cheio de excessos desnessários.  Mas orgulho perde em feiúra e degradação para o famigerado egoísmo. Egoísmo camuflado de orgulho. Egoísmo em roupas de filantropia, em nome da união. Egoísmo de quem sabe que há perdas do outro lado, mas quem se importa? Farinha pouca, meu pirão primeiro.  E eu ouço em reportagem nacional, em tom orgulhosamente egoísta, que a voz do povo foi ouvida. Que povo? A voz do povo que urge por mudança foi sufocada pela voz do povo que está bem como está.  A capital se agita, festeja, “viva a união!”, “viva a anulação da mudança prometida e ansiada (não a nossa, a deles, claro)”.  União? Egoísmo que se traduz no orgulho de não precisar dividir. 
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