Sobre a moratória da soja...
Sobre a doença de chagas em Santarém...
Sobre o estatuto da Igualdade Social...
Sobre a minha insônia de 2 dias.

Mas quem eu devia...

DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana - Espelho Mágico

Abro o blog do Rui e descubro onde postei o Dom Quixote...

Uma santarena de origem tapuia entrou pra história da Amazônia. A índia Iza Maria Roná dos Santos Pira-tapuia conseguiu o título de mestre pela Universidade Latino-americana de Ciencias Sociais do Equador. Ela conseguiu nota máximas com a tese "Povos Indigenas do Baixo Tapajos, Rostos Contemporâneos". Atualmente, Iza coordena o setor de educação indígena, da Secretaria de Educação e do Desporto de Santarém.

Eu jurava que tinha postado aqui alguma coisa de Dom Quixote...

Suzane, Daniel e Christian devem cumprir um sexto da pena, cerca de seis anos e meio, em regime fechado. Como eles já passaram três anos na cadeia, daqui três anos e meio poderão ir para o regime semi-aberto e voltar a passar os dias em liberdade.

39 anos e meio para a patricida, se é que existe esta palavra... Fico aqui me perguntando se não foi injusto. Mas se fosse mais do que isso lá iam os advogados achar uma brecha na lei brasileira para um novo julgamento e, quem sabe, a possibilidade de uma indigesta pizza de absolviçao. Daniel tb foi condenado a 39 anos e meio e Christian com um ano de desconto porque a justiça interpretou que ele não ajudou a arquitetar o crime. Fez por dinheiro. Por dinheiro, Suzane planejou com detalhes e muita frieza a morte dos pais. Ela e o namorado Daniel convenceram Christian a participar do crime. O promotor, se dirigindo a Daniel, em determinado ponto do julgamento disse: "Você poderia ter dado um tiro neles, mas vc bateu, voce bateu, voce bateu". Marisia e Manfred Richtofen, pais de Suzane, foram mortos a pauladas, enquanto dormiam em casa. "Essa empresa Cravinhos/Richtofen Para Matar é dividida em 50% para cada um", afirmou o promotor Roberto Tardelli. Os pais de Suzane eram psicólogos. A filha, aposto, foi o caso mais difícil que eles pegaram na vida. Morreram antes de conseguir resolver...

A foto anterior é do ano passado, mas o clima anti-israel na Europa e no mundo parece ser o mesmo... Irã e Síria fazem o que querem, patrocinam a ação terrorista de milícias doidas como o Hizbollah e o mau moço é Israel. Não estou justificando os atos da nação israelense nesta guerra absurda, só estou contestando a forma como os fatos são contados. Muita falta de criatividade pegarem os judeus pra Cristo, não acham? Eu sim.

A milícia islâmica inicia essa bagunça toda que está acontecendo no Líbano e querem fazer os judeus de bode expiatório outra vez...

Descobri hj a existencia de uma comunidade simpatissíssima. Chama-se Apacê. Dizem os seus moradores que o nome é inspirado no nome de uma cidade francesa ou venezuelana, algo assim a ser pronunciado com biquinho francês... Eu tenho cá as minhas dúvidas se é o nome transliterado de uma cidade ou uma expressão modificada pela criatividade e imaginaçao fértil dos moradores de Apacê. Mas o que me chamou a atençao, além da peculiaridade do nome, é que Apacê é uma comunidade em franco desenvolvimento. Dona Saúde, uma distinta cidadã apacense me fala sem esconder o orgulho: "_ Hoje somos 120 famílias, minha filha. E já temos cinco ruas!" _Fico imaginando Apacê e seus ancestrais franceses e suas cinco ruas e seus filhos que estão aprendendo francês... Para além do "já me vous de canuá" que os ribeirinhos falam indiscriminadamente em toda esta região amazônica. A Dona Saúde me conta que são jovens que, interessados em saber mais sobre a história do inicio da comunidade decidiram aprender a língua francesa e fazer biquinho do jeito certo. Nos próximos meses é bem capaz de alguém batizar um guri com o nome do Zidane, se é que alguém por lá já não teve esta idéia...Taí, não vi mas já gostei do lugar...

Faço minhas as palavras dessa simpatia que uma certa pessoinha me mandou...

Dos 99 km do trecho Santarém / Rurópolis ainda não pavimentados, 20 devem receber asfalto (pensei em colocar o "apenas" no inicio da frase, mas achei desnecessário). E isso depende de aprovação de projetos e da simpática colaboração do Ibama, o que representa um atraso de meses, 2 ou 3, numa visão otimista... Adicione aos 79 quilômetros sem previsão de asfalto mais 1773 km até Guarantã... Agora responda sem pressa: Nesse ritmo, em quantas prestações e em quanto tempo a br será entregue?

Uma das maiores dádivas que Deus nos concede são oraçoes não respondidas.

Autor: nao lembro.

Vou expressar o meu cansaço em números. 340 km rodados. Não, não, trafegados soa melhor. Só de ida a gente trocou de carro 3 vezes. Primeiro de palio semi-novo sem ar-condicionado. Depois que acabou o asfalto a gente começou a cuspir tijolo. A coisa piorou quando tivemos que pedir carona, isso'no km 110 da br! E aí foram mais uns tantos quilometros numa toyota pra lá de rodada (essa sim!) do pessoal da Ceplac. Nós íamos com o povo do bec desde cedo, mas alguns contratempos nos fizeram chegar atrasados. Daí fomos seguindo, seguindo e por onde a gente passava e perguntava diziam "eles acabaram de passar por aqui"e a gente acreditava... Fomos encontrar com o povo do bec lá pela 1 da tarde e já pra fazer o caminho de volta...

Para um preso, menos 7 dias,
Para um doente, mais 7 dias
Para os feLizes, 7 motivos,
Para os tristes, 7 remédios
Para os ricos, 7 jantares,
para os pobres,7 fomes
Para a esperança, 7 novas manhas,
Para a insonia, 7 longas noites
Para os sozinhos, 7 chances,
Para os ausentes, 7 culpas
Para um cachorro, 49 dias,
Para uma mosca, 7 geraçoes
Para os empresarios, 25% do mes,
Para os economistas, 0,019 do ano
Para o pessimista, 7 riscos,
Para o otimista, 7 oportunidades
Para a terra, 7 voltas,
Para o pescador, 7 partidas
Para cumprir o prazo, pouco,
Para criar o mundo, o suficiente
Para uma gripe, a cura
Para uma rosa, a morte
Para a História, nada
Para vc, muito, talvez...

A barba estava bem maior quando ele veio por aqui. Vou postar uma foto mais atualizada do patriarca verde assim que obtiver colaboraçao dos meninos do Complexo... Ehehehehe...

Enquanto o Carlos errava o caminho do Jutuba, eu ia me entupindo de pastilhas benalet (sabor: soro caseiro com magnésia e alguma coisa bem enjoada) e fazendo gargarejo com colutório flogoral. Antes eu já tinha misturado Eritromicina com xarope Transpulmim para aliviar a tosse. Além de uma mistura de ervas e de óleos amargos (andiroba e cumaru) com mel de abelha para disfarçar o gosto ruim, preparada por minha mãe. Mas a bomba não deu certo. Pensei que coquetel molotof poderia fazer mais efeito... Subi a serra e por lá deixei os resquícios de voz que me restavam... O pior é que eu não sei exatamente que raio de remédio está derrubando a minha pressão... tenho que ir tirando um da lista por vez... As pastilhas foram as primeiras. E mesmo não sendo elas a origem do mal, que fiquem guardadas na gavetinha de remédios ao lado da cama, que a mim não trazem saudades...

Olha aí os caquinhos da casa 93...
















E sem voz!!!!!!

Chamam pra ela de Alto da Terra Preta. Como eu posso descreve-la? Ela é alta e tem muita terra preta lá em cima. Ah, também tem muitos caquinhos pre-históricos e era exatamente por isso que estávamos lá. A estrada inter-praias deve cortá-la no meio e esse é o problema. Conservar um sítio arqueológico tão grande quanto desconhecido ou levar estrada e mais comodidade aos moradores do Jutuba que sofrem bastante pra chegar à área urbana de Santarém?! O carro só chegou lá porque o motorista é um doido, adorável, mas um doido varrido. E o caminho é longo, com o desvio. Acho que é por isso que os moradores nào se ligam muito nessa história de preservaçao. Querem mesmo é que a estrada chegue até eles. Encontrei até uma senhora que fez de uma urna funerária indígena, um tanque de água! Mas há pessoas que tiram relíquias indígenas da Serra para outros fins. Uma peça no mercado negro em Santarém sai mais barato do que chocolate e pode chegar a custar um preço bem salgado e isso em dólares. O problema é que, segundo os moradores, a estrada deve ser concluida neste verào e se não for feito nada a serra vai ser sacrificada e aí o sítio desaparece sem chance de chegar a ser conhecido. É por isso que eu tenho que mandar essa matéria pra nacional. E é pra isso eu tenho que ficar boa da garganta. Eu contei pra vocês que a minha voz sumiu?

Depois de levar diversos foras dos donos da casa 93, da 7 de setembro, (a dos vasinhos indigenas quebrados, lembra?) decidimos procurar caquinhos de história em outros cantos. Nós temos que mandar este material pra Rede e ontem! Aí fomos para o Jutuba. Se voce conhece Santarém deve saber que por aqui o que não falta é praia. Nem história. E a pré-história também anda sobrando por essas bandas. E o Jutuba é uma mistura de tudo isso. Daí eu troquei o meu bom companheiro Jones pelo disposto e altamente conhecedor de áreas insólitas Carlos Karsten. Segundo me foi repassado, ele era o único da Tv que já tinha ido ao Jutuba ( isso há uns trocentos anos) pra pescar com o Mauro e, claro, sabia o caminho das pedras. E sabia mesmo. O caminho das pedras, porque o do Jutuba a gente teve que aprender junto, isso depois frustradas e inúmeras tentativas. Imaginem vocês que a estrada foi se divindo em duas, e outras duas e outras duas... em cada bifurcaçao o Carlos me dizia: "escolhe um lado." E eu escolhia. Depois de umas tantas eu decidi escolher sempre a da direita. E nenhuma alma penada ou depenada aparecia para dar informaçoes. Até que a gente encontrou. Primeiro uma mulher grávida, da qual o Carlos não aceitou o conselho de seguir em frente. Depois o Joaquim ( vocês lembram do menininho que teve a bicicleta roubada?!). Eu também fiquei surpresa, muito mais por nao ter esquecido o nome dele. Quem esqueceu foi ele que me chamou de Kátia. Só o perdoei porque foi ele quem nos deu uma informaçao mais acertada. Lá pelas 9 e meia da manhã a gente chegou ao Jutuba. Agora o trabalho vai ser moleza! Pensei. Moleza foi o que eu senti depois de subir aquela serra pra lá de inclinada e escorregadia isso sim.

Olha só. Primeiro eu fico sabendo que o papa da igreja ortodoxa na américa Herman alguma coisa vem fazer uma visitinha a Santarém. E vem acompanhado do Kofi Annan ou seu representante. Depois chega uma equipe de televisão da TV Aljazira e outra da BBC de Londres para fazer re'portagens sobre a guerra dos ambientalistas e dos sojeiros. Agora o meu editor de imagens jura de pé junto que viu o O Bin Laden em Alter. Começo a acreditar nele...

O gentil monseiur.













Aqui, não tão gentil, mas o número 1, ainda assim...

Já ouvi falar que o Materazzi xingou a irmã dele, depois dizem que foi a mãe, outros dizem que ele foi chamado de terrorista... Se bem, que eu ainda acho que o motivo da cabeçada foi uma proposta indecorosa, feita ao pé do ouvido do frances, quando o italiano o agarrou pelas costas, cometendo aquela falta. Sabem, não fui com a cara do Zizou desde aquele malfadado jogo em que o Brasil foi despachado ( justamente) pra casa. Mas o jovem senhor me causa agora simpatia. Parece-me até bonito. Seria fã dele no Orkut se o encontrasse por lá. Não pelo gesto, que eu acho que violência não é um jeito muito inteligente de resolver questões. Mas eu me solidarizo com pessoas que usam a cabeça como se fosse fósforo ( para a perdiçao do corpo e do resto). E, sinceramente, eu sinto muito por ele.

Santarém é isso mesmo. Um sítio. E pre-histórico! kkkkkkkkkkkkkkkkk... É verdade. Pena que não tenha muita gente interessada em preservar. E daí que acharam numa casa um monte de caquinhos de vasos tapajônicos. E os donos da casa não deixam a gente nem chegar perto... Será que eles estão com medo da gente descobrir que foram eles que quebraram o vaso?!

Louco como ele... e eu que sou louca tb por ele, claro... rs.

TINHA UM LOUCO NA VARANDA E UMA LOUCA ATRÁS DA IGREJA

Não que ele estivesse ali esperando que ela passasse por ele
e ele num impulso esticasse o braço e acenasse.
Pedisse.
Não que ela estivesse escondida atrás da igreja
fazendo um percurso mais longo
mas mais seguro.
Negasse.
Mas era um caminho que não a obrigava a passar na frente dele.
Não que ele fosse pensar que
caso ela passasse na frente da varanda dele ela queria.
Muito embora ele não sabia o que ela queria.
Mas ela desconfiava do que ele queria.
E, cá entre nós e lá, entre eles
ele também desconfiava do que ela queria.
Os dois eram loucos.
Internos.
Diziam para eles e para o outro que ali era um condomímio.
Mas eles sabiamos dois
que ali não era um condomínio.
E sabiam também que ninguém fica à toa numa varanda exposto.
E que ninguém fica à toa atrás da igreja se escondendo.
Ficar atrás da igreja significa ir à procura da igreja?
Proteção?
Mas além de uma varanda e uma igreja qual era a loucura de cada um deles?
Isso era tudo que ele queria saber dela.
Por que ela estava atrás da igreja.
Isso era tudo que ela queria saber dele.
Porque estava na frente da varanda se expondo tanto?
Ela câncer
ele pneumonia.
Ele aquário
ela gata ouvindo peixinhos sertanejos.
Treze livros quarto treze.
No quarto ela se perguntava o mesmo que ele:
o que é que eu estou fazendo aqui?
O que é que essa loucura quer comigo?
O que é que eu não quero com essa loucura?
Os loucos.
Nem a diferença de idade nem a diferença de loucura fazia com que um ignorasse o outro.
Um na varanda.
A outra atrás da igreja.
Onde é que esses dois doidos vão se encontrar?
Na varanda?Atrás da igreja?
E se a igreja tivesse uma varanda?
E se a varanda tivesse um altar?
Os loucos têm medo.Um do outro.
O da varanda finge que não tem.
Mas ele sabe que ele tem.
Ela também tem e sabe que ele tem.
Medo.
Adoro o jogo desses dois lindos doidos.

Mário Prata.

Obs: Sim, este é outro furto. O humor do Rico, eu acho que vcs já conhecem...

Como podem ver... Eu sou uma cleptomaníaca internética crônica. Mas que essa foto está fofa está. E o Ari não pode competir com a paisagem, apesar de ser o Ari.

Vamos falar sobre política. Começa hj o período de campanha eleitoral. Ahahahahahahahah... Nova fase de enganosas promessas e esperanças. Já estou com saudades da Copa e da seleçao de meia pataca.

... E se alguém mais falar em Futebol ou França eu... eu... fervo junto com a água do café.

Tenho a leve imprensão de que o árbitro tb está torcendo a favor dos lusos... Ou foi imprensão tb o pênalti que ele deixou de marcar?... rs.

A propósito, estou torcendo pra eles...