Idéias

Idéias, idéias. Aparecem do nada e ficam brincando no trampolim do cérebro até saltarem janela afora  causando confusão. A última foi a de tentar adicionar comerciais neste espaço. Um clique e, de repente, uma invasão de adds vindos do além e do raio que os parta! Propaganda de telefone celular (com uma boca gigantesca dominando a imagem), de hoteis no Caribe, de passagens pra China, de restaurantes na Arábia... A gota d'água foi a do Horóscopo. Digam-me, como é que o Google pode associar horóscopo com este blog?  Como diria uma amiga letrada, é a treva! E aí pra tentar reverter os danos de um clique, uma tarde inteira de frustradas tentativas. Por pouco, o bichinho não foi imolado e mandado para o beleléu dos blogs! Depois de uns trocentos cliques, finalmente o clique do cérebro em funcionamento e o problema revertido. Mas aí, a tarde já tava perdida...  Idéias e impulso nem sempre combinam. Às vezes é melhor deitar até que passem.
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Divagações sobre a História


Sempre fui fascinada por História(casada com um historiador não por acaso). Nos meus tempos de professora de mirins costumava dizer que a repetição é didática e pedagógica. Não há matéria mais didática e pedagógica que História. É como na música da Maria Rita. Está sempre se "repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado." Seres humanos tem a capacidade de cair no mesmo erro um zilhão de vezes! Não é assim com a política e com a vida nossa de cada dia? Alguém já disse que insanidade é fazer a mesma coisa e esperar por resultados diferentes. O que tem de gente insana no planeta...E o que já viveu de gente insana, só o tempo pra desvendar e os historiadores pra contar. Em vez de depressiva, História é pra ser instrutiva. Estudar o passado pode ajudar a diagnosticar erros presentes e a prevenir erros futuros. E se a história nem sempre é fácil de engolir, tem lá suas pitadas de nobreza, de comédia e até de heroísmo. Momentos inspiradores que resplandecem em meio ao caos. Se não há tempero, há sempre a possibilidade de aprender com equívocos alheios.Um pouquinho mais de história para um mundo menos insano. Comecei pensando em postar alguma coisa sobre Os Rolos do Mar Morto, e lá vou eu outra vez, divagando... 

Baixa na escola de humor

Soube agora que o Chico Anísio morreu. Que dó. Quem vai substituir o professor Raimundo?
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Morto

Depois de 32 horas de cerco, o homem que assassinou 7 pessoas em frente a uma escola judaica na França finalmente foi alvejado e morto pela polícia francesa. Antes de morrer ele  feriu pelo menos 2 policiais e se gabou de ter sido treinado pela Al-Qaeda.

Dunnothar



O castelo Dunnothar (o que restou dele)  é um dos mais antigos da Escócia. Suas ruínas  são testemunhas de relatos incríveis, sangrentos, romanescos, inspiradores, escruciantemente tristes, por vezes quase engraçados,  outras, repugnantes.  Andar por entre seus muros e paredes semi-destruídos é uma experiência inesquecível.
A história não é bonita. É composta de sangue inocente derramado, traição e intrigas, numa exposição semi-nua da maldade humana, ainda que pincelada de nobreza por algum ou outro historiador. Mas o castelo em si, emana a dignidade dos gigantes ainda não tombados. Nem o tempo, nem os homens foram capazes de apagar a imponência de Dunnothar.  
Os primeiros relatos de sítio contra o castelo datam de 680 AD. Situado em posição privilegiada, cercado de proteção natural, Dunnothar era uma fortaleza quase invencível.  Quando sitiado, geralmente tinha mantimentos e guarnição suficiente pra durar  meses. Se faltava armamento, o sistema sanitário passava a ser fonte alternativa. O que se coletava nos banheiros ia parar na cabeça dos inimigos literalmente em ponto bala. Quem disse que armamento biológico é coisa nova?  Aqui, dizem, as jóias da coroa escocesa foram protegidas das mãos inglesas por oito meses a fio, contando apenas com uma pequena guarnição contra o poderoso exército inglês. O castelo foi abrigo de personalidades históricas como Maria, Rainha dos Escoceses, William Wallace, Marquês de Montrose e o rei Charles II. 
William Wallace, o herói escocês que é retratado em Coração Valente, teve nas dependências do castelo uma de suas mais arrebatadoras vitórias. Soldados ingleses capturados após a batalha foram incinerados vivos na capela do castelo. Era a retaliação violenta pelas violências sofridas. Vingança, ainda que não seja nobre, é considerada legítima por alguns.
Num outro episódio violento e triste, 122 homens e 45 mulheres  foram mantidos presos em condições sub-humanas dentro de uma única cela conhecida como Caverna dos Whigs (1685). Muitos morreram ali mesmo, outros morreram a caminho do exílio.  O crime: professar uma fé diferente da do rei escocês.
 Em tempos de paz o castelo esbanjava banquetes e festas nas quais  a comida era de primeira,  o vinho era dos melhores, mas ninguem sequer ouvia falar em bons hábitos de higiene.
Os rochedos e o mar que ajudaram a proteger Dunnothar ainda hoje o embelezam. Depois de turistas, pássaros costeiros são os visitantes mais frequentes. Ajudam a dar nova vida ao castelo e a amenizar a imagem austera de passado sanguinário.




Fotos: Ken Rathbun & Wal Nascimento. A terceira foto, de cima pra baixo, foi tirada na caverna dos Whigs (Whigs' Vault).

Nem tudo é fácil



É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!

Cecília Meireles 

O Charles Brown eu peguei daqui.

Beleza Jamaicana


Negrill, Jamaica. Foto by Ken Rathbun.


"Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão?"
Isaías 40:12.
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Outra piadinha de vida real


No departamento infantil de Bay Life Baptist Church...

A professora narra a estória de Davi e Golias enquanto as crianças dramatizam. “Quando o gigante Golias viu o tamanhozinho de Davi ele caiu na risada.” “Dá uma gargalhada, Golias,” comanda a professora. Golias obedece prontamente, colocando bastante expressão na risada. “Daí Golias,” continua a narradora, “começa a praguejar e a xingar Davi com toda a sorte de xingamentos.” Olhinhos voltados para ela em silêncio. “Dá outra gargalhada, Golias,” comanda a professora, para alívio do Golias que já tava pensando em como dramatizar aquela parte do texto.

Por uma causa nobre


George Clooney e o pai dele foram presos por “invadir” a embaixada do Sudão nos Estados Unidos. Tudo previsto e premeditado pelo ator que tenta chamar atenção para as atrocidades feitas pelo governo daquele país. Recursos para ajuda humanitária destinados à região sul do Sudão vem sendo desviados pelo governo e nunca chegam às mãos e às bocas de direito, denuncia Clooney. O governo sudanês  é acusado de negligência, corrupção, violência e morticínio do próprio povo. Não sou particularmente a favor da linha política defendida por Clooney, mas respeito, e muito, a ousadia e a coragem que ele vem demonstrando por uma luta que vale à pena ser lutada. Não é todo dia que fama é usada para levantar bandeiras nobres ou denunciar urgências trágicas. 


Obs: A foto foi emprestada daqui.

Um Violinista no Telhado




Um Violinista no Telhado (Fiddler on the Roof) é, talvez, o melhor de todos os musicais já transformados em filme. Foi apresentado na Broadway pela primeira vez em 1964.  E o musical de sucesso que virou filme de sucesso (1971) vem sendo reproduzido e reapresentado em diversas partes do mundo. Agora tá em cartaz em São Paulo. Como eu gostaria de estar lá só pra ver e ouvir essa obra-prima em português. A história da família judia que vive em uma colônia da Rússia csarista no início de 1900 é baseada em contos de Sholem Aleichem, um de meus escritores favoritos!  Leio tudo que consigo dele. Alguém que usa humor e simplicidade pra falar de realidades duras sem encobri-las ou amenizá-las merece título de herói. “Um Violinista no Telhado” mostra tradições judaicas e os desafios da vida sob a incessante ameaça dos pogroms. A estória é contada de maneira inteligente, realista e emocionante. Faz rir, faz chorar, faz pensar. Diz a crítica que José Mayer tá dando show no papel de Tevye ( o papel principal). Queria ver. Não que eu goste do José Mayer (tenho antipatia gratuita pelo ator), mas voz bonita ele parece ter. Quem deve estar dando show de verdade é Soraya Ravenle no papel de Golda. A atriz, que é judia,  tem bagagem emocional e  histórias de família pra compor a personagem. A família dela viveu os horrores dos pogroms na Polônia antes de buscar refúgio no Brasil. Do elenco original queria ver Chaim Topol no papel principal, com toda a habilidade dramática que demonstra no filme gravado na década de 70. O legal é que ele só tinha 29 anos quando fez o papel de pai de cinco, cheio marcas da vida no rosto (a maquiagem é impecável!). No momento, contento-me revendo o filme que me faz rir e chorar ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.

Obs: Informações e fotos do show que acabou de estreiar no Brasil aqui.
A fotografia (linda) foi emprestada daqui.

Viagem marcada

Estamos planejando e arrumando as malas rumo ao Reino Unido. Não, não é por causa das Olimpíadas. Estaremos na Inglaterra naquele período que, imagino, fará de Londres, um caos, mas temos outras prioridades. Ah! Mesmo o caos londrino é desejável, mas se pode ser evitado, que seja. Troco o agito pela contemplação. Pretendo revisitar lugares especiais e conhecer de perto lugares que me são historicamente intrigantes. Mas primeiro, vamos em direção à Escócia outra vez, com um ministério a ser cumprido por lá, e, de quebra, mais aventuras a serem vividas. Então, antes de ter história nova pra contar, melhor continuar postando as velhas. Daí, segue a série Castelos. Já contei que dormi num castelo de verdade? Só assim pra ter sonhos de princesa. Deixa só eu por as histórias em ordem...
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Moda Xadrez



 Xadrez não sai de moda na Escócia.  Está presente em roupas, acessórios, tecidos, até mesmo calçados. Cachecóis em xadrez das mais variadas cores são souvenirs que batem recorde em vendas durante o ano inteiro.  Exóticas e bem mais originais são as saias masculinas (kilts), vendidas em quase todas as lojinhas escocesas. Náo é só estilo. Os diferentes modelos e cores do xadrez são marcas de identidade. Eles representam clãs e famílias importantes da Escócia, dentre as quais, destaca-se a família Mcdonalds ( a companhia de fast food americana não é de nenhum parente).  Cada família ou clã tinha, no passado, um modelo xadrez pra vestimenta de guerra, uma flor como insígnia, e um brasão. Por mais de 200 anos a Inglaterra proibiu o uso do xadrez na Escócia. Foi a forma de humilhar os compatriotas escoceses que nunca aceitaram a posição de subordinados e vencidos.


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Essa lei da palmada

Se eu pudesse falar com as mães desses legisladores que inventaram a lei da palmada ia dizer pra elas que faltaram palmadas na educação deles. Que situação. E eu que me endireitei na base das palmadas posso dizer a quem interessar possa que elas, as palmadas, me fizeram MUITO BEM. Palmadas e Provérbios foram os melhores remédios para minhas aprontações de infância. Amo crianças, trabalho com elas e sou absolutamente contra qualquer tipo de violência contra elas. Disciplina corporal em excesso e administrada porque o pai tá furioso com o filho não é disciplina, é abuso. E há leis já em vigor contra tais abusos, contra violência, contra crueldade e coisas do tipo. O Brasil e o resto do mundo não precisam de mais leis, precisam fazer com que as leis já existentes sejam obedecidas. Palmada de mãe e de pai, administrada com amor e com a motivação certa (correção)  não é crueldade, é cuidado, é parte do processo de educação de pequenos. Como bem nos lembra Provérbios 13:24, pais que não corrigem seus filhos, não os amam. E filhos que não levam palmadas por quem de direito hão de levar palmadas maiores e mais doloridas da vida.