Machado não merecia mesmo!

A última biografia de Machado, do jornalista paulista Daniel Piza, tinha tudo para ser mais um de meus planos de consumo, até que a Veja me aparece detonando o livro. Não pela revista, que tem lá suas politicagens. Mas as observações são feitas pelo crítico literário Wilson Martins. Ele aponta alguns equívocos do autor quanto à obra, à vida, à história do biografado, que diga-se, é a paixão de uma amiga minha. Acredito que ela também vai ficar zangadinha com essa. O jornalista, ao que parece, deixou de lado um principio básico da biografia e do jornalismo: a confiabilidade da informação.

Segue aí algumas mancadas do cara:
(Apontadas pela revista... Eu não tive a oportunidade de ler a obra e acho que nem quero. Não li e não gostei)

Comparando Bentinho a Otelo ( de Shakespeare), Piza diz que o personagem machadiano morreu e matou por ciúmes. Bentinho, aquele covarde, não mata nem morre no livro. Este eu li e reli.

O livro de Piza diz que Dom João Sexto transformou o Brasil em Vice-reino em 1808. O país já tinha esse status desde o século anterior. (A professora Linduína vai ter um ataque com esta...rs).

O presidente Deodoro da Fonseca é chamado de “Marechal de ferro”, apelido que pertence ao seu sucessor, Floriano Peixoto.

O brasileiro (íssimo) José Bonifácio, político do Império e “patriarca da independência”, é identificado como um intelectual português.

Isto sem contar algumas análises consideradas mirabolantes e erros de créditos ( eu acho que esse cara se parece um pouco comigo) como rebatizar José Dias, de Dom Casmurro ( aquele que adora superlativos) como João Dias.
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