Decisões, decisões...

Depois de uma noite inteira num hospital, vendo um monte de mulher sofrer pra ter um nenem, é definitivo. Filhos, só se forem adotados. O Gabriel, por exemplo, 7 meses na barriga da mãe, deu-nos uma noite inesquecível e vai receber por isto merecidas palmadas quando decidir nascer. Treina muito pra isso, querendo nascer antes do tempo. A mãe dele, coitada, andava de um lado para o outro, mãos nos quadris, arcada dentária superior cravada no lábio inferior, ora gemia, ora cantava, ora contava até 100, ora dizia "puxa vida, que dor" ( não dá pra publicar aqui o que ela dizia, né...)... E quando decidia ficar na ponta dos pés agarrava-se a primeira coisa que via... Não, não. Eu acho que não nasci pra isso, ainda mais sabendo que a minha mãe sofreu tres dias seguidos, e que eu tive que ser tirada com um ferro de dentro da barriga dela. Tanta criança por aí, já parida, já do lado de fora, nada mais de dor. Então, né, tá decidido.
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