Minha bolsa foi esquecida não sei onde e de lá furtada não sei por quem. E eu me senti desolada.
Não pelo dinheiro, pelo cartão, pelo celular... Sim! Por isso também. Muito mais, no entanto, por toda a carga semântica e sentimental daquele pedacinho de nada.
Bolsas são partes nossas, pertencentes ao nosso universo. Se vc não é mulher não pode fazer idéia do que é uma bolsa de mulher. É, por assim dizer, uma extensão de nós. O depósito de alguns de nossos mais guardados segredos e onde sempre encontramos o que necessário e o supérfluo necessário a toda mulher. A bolsa nos dá a falsa segurança de que tudo está lá. E nunca está lá da primeira vez que procuramos. É preciso uma segunda busca, quem sabe uma terceira, mais minuciosa, onde tudo vai sendo colocado do lado de fora. E os homens nunca entendem como uma bolsa tão pequena e delicada pode levar aquela montanha de coisas que vai sendo tirada de lá.
E como são pesadas. Já tive uma maiorzinha onde era possível encontrar até uma enciclopédia barsa. Ai, minha bolsa tem ainda o agravante sentimental de ser presente, logo, com um valor inestimável. Eu sei, eu sei... os que me conhecem sabem também da minha memória curta e da falta de atenção habitual que me faz perder dinheiro, celular, documentos, bolsas, até a cabeça... É uma falha que virou traço de personalidade. E não pensem que me acostumei com isso. Eu bem sei do esforço mental que faço para não esquecer das coisas por aí. Forcei-me a comprar uma caneta azul, para lembrar a cor do carro da externa para o qual eu tive que me dirigir todos os dias do mês passado. Nem mentira eu posso contar, porque vou esquecer da versão falsa e me contradizer em questão de minutos. E isso é até bom. Um mau hábito a menos.
Quanto à minha bolsa, o alguém que a pegou, só queria mesmo o dinheiro, o celular, o cartão de crédito, que eu já cancelei. Fez-me o favor de deixar a bolsa, tadinha, sozinha ao relento, até que uma boa alma a encontrou. Estou olhando pra ela agora, com a sensação de ter estado nua na frente de estranhos.

Hoje o dia estava assim...Perfeito pra meter o pé na estrada e fazer uma daquelas reportagens que eu a-do-ro. Vale até comer um pouquinho de poeira na Curuá-Una pra sentir cheiro de mato, comer goiaba tirada do pé, sujar o pé em titica de galinha e chupar laranja tirada na hora. Ver umas idéias simples darem certo e gente boa se dar bem com o suor do trabalho. Ver um tapete verde de hortaliças com jeito de saudáveis. E por fim, um fim de tarde assim, com o sol assim, caprichoso e bonito. Foi uma tarde agradável. Agradabilíssima.

Essa foi registrada pelo Nonato do Vale, cinegrafista da tv em Alenquer.

Delícia de profissão essa nossa.

Uma semana para as férias e, de repente, não me vem inspiração para mais nada...

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Fernando Pessoa

E se eu não voltar nos próximos dias, gastem o tempo ocioso de vocês com os arquivos que deixei em destaque ao lado e nos blogs recém-linkados que são o bicho da goiaba! Beijinhos...

Este espaço esteve fechado para balanço nos últimos dias. Não dele, da autora, que anda de mal com a balança desde que soube que está na linha de perigo.
Depois que meninas esqueletéticas começaram a morrer porque não comiam, começou uma maratona de engorda de urgência, encabeçada por minhas duas mães.
E eu confesso que também fiquei um tantinho preocupada com a situaçao. Pra quem sonhou em chegar aos 50, estancou em 49 e despencou para 45 nos ultimos meses, realmente o quadro não é animador. Pane geral que me deixou de mal humor uns dias a fio e até me fez tomar mingau de aveia pela manhã como se tivesse comendo pudim de leite! Junte-se a isso o fato de uma gripe mal curada me tirar de vez o apetite há três dias. A garganta parou de funcionar e eu estou com uma bagagem extra de remédios na bolsa. Anti-inflamatório de 6 em 6 horas, anti-biótico de 8 em 8, anti-pirético e anti-dor sempre que a febre aparece e a garganta reclama.
Lá estou eu a dever para a balança outra vez. O jeito é voltar às vitaminas que me causam pesadas sonolências. O olho não me obedece e o raciocínio fica ainda mais lento. lembro- me que, da ultima vez que minha mãe número dois inventou de me dar este troço, foi no natal passado e eu perdi todas as festas porque fui pra cama mais cedo. Nem lembro se fui por conta própria ou se me carregaram pra lá. E aqui estou eu, com os olhos pesados de novo, sentindo o corpo dolorido devido aos acessos de tosse e pensando em como terminar este texto sem usar reticências. Acho que vai ficar por aqui mesmo, que as idéias já estão no quinto andar do sono.

Roubado do blog do Léo.

Nós também pagamos nossas promessas...

Porque eu estava assim...

O taxista atrasou, como sempre.
E como sempre, eu fiz cabelo e maquiagem às pressas. Tou ficando boa nisso.
Antes disso tropecei em frente à tv. Levei um tombo gigantesco que só não foi vexatório porque ninguém mais viu. Espero. Visível está a mancha roxa na minha canela e a dor tb nào me deixa esquecer este incidente infeliz.
O restante foi normalzinho.
Sem crises. A não ser uma de risos, na hora em que o Cid começou a imitar o Chucky, dizendo que o entrevistado era a cara do boneco assassino.
Ah, o lapso: não digitei a passagem 2. Quem se importa...
_ Me diz uma matéria legal pra fazer a chamada, Cid...
_ A do Projeto Vaga-lume... E vai ter hora, dona Wal.Ultima matéria do dia.
_ Atenção, dona Wal. Encerramento normal na câmera 1.
_ "Nós ficamos por aqui, outras notícias no jornal Tapajós primeira ediçao. Amanhã, o Bom está de volta com Carlos Silva. Um ótimo dia pra vc".
E os meninos me perguntam pelo ponto se essa cara feliz é de alívio...

Trajes para o casamento: bermuda, camiseta e sandália ( sandália é obrigatório por causa do Juquiri).
Transporte, comida e bebida será por conta do noivo.
A saída é do Mercadão 2 mil `as 09 horas a primeira viagem e às 10 horas a segunda.
Casamento Civil às 11 horas. O retorno começa às 15.
Ps: Espero que poucos se interessem. armando (assim mesmo, com letra minúscula)

Obs: Depois do Severino, ele é o meu anti-herói favorito!

A barriga mais sexy desta tv... kkkkkkkkkkkk
Wildemar, meu operador de tps favorito, vc estava mesmo merecendo destaque e um dia a sua estrela haveria de brilhar. O dia chegou bem na hora do apagão geral que deixou Santarém sem energia. Mas o sinal do satélite continuou saindo, saindo... e aquela coçadinha na barriga avantajada vai ficar gravada pra sempre na memória de monte alegressenses, obidenses, alenquerenses e todo esse povo que assiste aos nossos telejornais via satélite. Kkkkkkkkkkk... Não demora nadinha e a produçao do Big Brother já está te perseguindo, fofo...

Ps: Ah, e não se preocupe se a lata do capitão Valério, rindo com o vento, também apareceu, isso não chegou a ofuscar sua popularidade meteórica. Tou até pensando em te pedir um autógrafo.

Dormir até mais tarde. Voltar a tomar sorvete de açaí depois das 8. Ler sem ficar com dor de cabeça e partir!... O mês foi corrido e o bom dia nunca foi tão intranquilo e inconstante como desta vez. Roubou-me momentos preciosos, mas deu-me outros tantos tão bons. Descobri que os meninos do complexo são artistas cheios de surpresas. Até dicas de maquiagem eu aprendi com eles. Hoje ainda o Cid tava me dizendo que eu não tava com uma sombra, tava com uma mancha simpática em cima dos olhos... kkkkkkkkkk. Só aceito o desaforo porque é de amigo. Eu gostei de sorrir com essa turma todos este tempo. Até o taxista, que hoje me apareceu 10 minutos atrasado e com cara de quem, em vez de dormir, tomou todas, me pareceu simpático de repente. E de repente eu fiquei triste.

No dia em que eu peço pra ele chegar cedo, lá me aparece o malandro 15 pras 6. Seu Pedroso, a pedra mal colocada em meu caminho rumo ao bom humor do bom dia. Lá sim é festa mesmo quando tudo vai mal. Mas dessa vez a lei de Murphy exagerou um pouquinho. E eu já me decidi a não mais falar nela. Mais um dia pra correr, pintar-se no carro ainda, meter-se no terno errado, entrar como um furacão no estúdio. A tempo de ser avisada de que o terno da entrevista era verde e não azul e de reparar que desta vez a escalada estava digitada e salva. Sem tempo de passar o texto, nem de ver que a situaçao de matérias estava mesmo crítica. Sem reportagens suficientes, sem inspiraçao para notas, sem imagens da semana... Imagens da semana! Ache-se a trilha sonora e uma ediçao de 5 minutos nos resolve o problema de 1 min de sobra no jornal. A salvaçao poderia estar naquela fita curiosamente deixada em local mais afastado. Todos os olhos se voltam para o vídeo onde imagens ainda estranhas começam a se deixar identificar... sons de _ O que é isso , afinal? Pergunto me aproximando da tela pra ver direito. Um instante de silêncio que pode bem nem ter durado um segundo e todos os olhos se voltam pra mim, rubra como um tomate. Todo o complexo de gravaçao se enche se sonoras gargalhadas. E é melhor eu nem falar das impressões desta fita. Quem conhece Paulo Roberto e cia faz idéia do que quase vai ao ar como imagens da semana na última sexta-feira.

Lá estava, pela primeira vez em Parintins.
Cidadezinha zinha deste tamanhinho, que cabe na palma da mão.
Perdida. Traída pelo que julgava a parte mais traidora de si.
Ah, memória...Talvez as póstumas sejam melhores!
Todas as casas azuis, azuis e brancas... Casinhas, quase no mesmo formato.
Naquela ruazinha zinha, que se esticava até o horizonte bonito.
A cidade estava parada e parado estava o ar de repente.
Mas, de uma janela azul que se entreabria, um par de olhinhos a tudo observava.
Não ao tudo parado a que me refiria. Ao movimento, desleixado, com barulhinhos de sandália rasteira, arrastando no asfalto.
De outra janela, que se escancarava, um par de cabeças, dois pares... Lá ia a dita que não pensava estar perdida. E perdida de fato estava.
Numa rua de detalhes azuis em paredes alvas, vinha, tinta de vermelho, sem saber o porquê de tanta notoriedade.

Choveu e eu não o ouvi. Não pela chuva! O mérito é todo da minha preguiça. E a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz , com as músicas inéditas do Isoca, como diria o corvo de Alan Poe, "nunca mais".

Madrugada. Um homem caminha pelado na rua deserta. Decide que precisa ir ao banco. A agência da Caixa Econômica está fechada 1 e meia da manhã e não há nenhum guarda. Daí ele entra calmamente na área de caixas eletrônicos. Não há nada ali que realmente lhe interesse. O que ele quer é, como a maioria dos doidos que conheço, notoriedade.
Consegue invadir a área interna arrebentando a porta de vidro sabe-se lá como. Sobe as escadas. Passa as mãos pelos computadores desligados. Uma torneira ( coisa de doido) no banheiro é, talvez, a coisa mais familiar. Quebra a torneira e se diverte a valer brincando com a água que jorra pela agência. Logo é uma inundaçao, o caos. Pela manhã, a polícia chega. O invasor despido e molhado é conduzido à delegacia da PF e ninguém sabe o que fazer com ele, nem com os computadores, afogados. Decidem chamar um médico para avaliar o quadro de sanidade mental da criatura. Levantam a ficha criminal do sujeito. O médico não chega a uma conclusão acertada, mas a policia descobre ele já matou a sogra há uns anos aí. Tem mandado de prisão e tudo. Instantes depois ele já está a caminho da Penitenciária de Santarém.
_ Matou a sogra_ Pensa em voz alta meu companheiro de viagem_ E ainda dizem que é doido...

Ps: O protagonista do conto é Messias Nóbrega da Silva, de 39 anos de idade. Se for comprovada a insanidade mental, ele deve ser transferido para um manicômio judicial de Belém.

É que me deu saudades de fazer viagens, ver gente nova, tirar umas férias... Dezembro, por que não chegas?!


Foto: Porto Trombetas, na versão sem foco do meu celular...

Acordar às 3 e meia da manhã para entrar no ar às 4 e meia, maquiada e bem disposta pra dizer um "bom dia! Veja nesta ediçao". Isso sem saber como preencher 20 minutos de jornal que estão sobrando. Menos mal que a minha equipe é uma trupe anti-stress, faça chuva ou faça sol... O dia está só começando...
Entre a exibiçao de uma reportagem e outra, a gente decide o que transformar em nota pra esticar o tempo. E aí , vale até dizer que "não foi dessa vez que as meninas do vôlei levaram um título mundial." E a memória, que nunca foi confiável, não ajuda. Esqueço as chaves da redação e tenho que usar o computador dos editores para montar o que ainda falta no jornal. Tudo bem. Só não tem sofá azul, pra dormir um pouco depois do Bom Dia, antes de sair pra externa, às 7 da manhã. Vale a salinha de gravação mesmo, com uma toalha grande e uma blusa de frio, tudo se resolve. E doril pra aliviar a dor nas costas que ficam um ba-ga-ço. Lembrei agora de um amigo que vive a se queixar disso, ó pá!
Fim de plantão. Eu tenho que encontrar um local para dormir. A casa mais próxima e a de uma amiga querida. Sempre tem um quarto esperando por mim. Mas dessa vez  não dá porque o marido dela decidiu montar uma marcenaria temporária no quintal. Também tem as crianças, dois anjinhos que adoram brincar de Israel e Palestina o dia todo. Cansada do jeito que estou só mesmo a casa da mãe pra resolver. Longe da civilização, longe do barulho dos carros, longe, longe... É pra lá mesmo.
Chego em casa e é como se tivesse errado de endereço. Cheiro de cigarro e música brega tocando no meu sonzinho (sacrilégio!). Dou de cara com um cidadão que eu nunca tinha visto na vida.
_ Oi, dona Markilze!
E ainda me confundem com outra repórter na minha própria casa...
_ Wal, meu senhor.
_ Desculpe dona Wal, diz ele soltando uma baforada de cigarro quase na minha lata, é que... _ E aí vai me explicando cheio de detalhes como se confundiu e como foi parar na minha casa e como vai permanecer a tarde toda... _Sinto saudades da guerra de Israel e Palestina. Minha mãe chega logo depois dizendo que o homem tá trocando a instalaçao elétrica e que vai colocar um espelho no banheiro.
_ É rápido, minha filha.
Rápido. O barulhinho da furadeira penetra o travesseiro e os meus tímpanos.A dor de cabeça é digna de pensamentos de suicídio.
Levanto para beber água e olhar com uma cara deste tamanho para o meu torturador.
_ Vixe, lhe acordei Dona?
_ Não. Imagina, senhor. Foi a sede.
_ Ah, bão... Diz ele com cara de quem realmente acreditou.
Volto pra cama com um livro na mão. O barulho continua, até que...
_ plaft! Pin! Din! lin! Lin!
Era uma vez um espelho.
_ Shuts! (o que ele falou num dá pra publicar aqui). Cruz , credo! Sete anos de azar... Ô Dona Wal...
E não é que ele aprendeu o meu nome rapidinho?!
Depois de um banho de descarrego (só de lágrimas), chego à tv para editar o jornal do próximo dia e ainda descubro que me levaram 50 reais. Quase 10 da noite e eu ainda NÃO DORMI. Casa 1, 2, 3...Sofá azul! Lá está ele convidativo. Sofazinho azul tão, tão...só cinco minutinhos... E eu não vejo mais nada.

Quando tudo o mais der errado... Cantar para espantar os males...

Recadinho para loiras que, por acidente, tenham acessado este blog: Para ouvir, tem que clicar no play... Rs. Brincadeirinha, Iara.

Há uma semana decidi levantar o censo deste espaço rosado. E foram mais de 400 registros. Uma média de, de...Uma média satisfatória e surpreendente, é o que interessa. Bem, continuando, teve visitante até de Manila, e, eu nem sabia que Manila era a capital das Filipinas! Ah, a magia da internet e essa aproximação virtual com mundos tão diferentes.

Obs:Não me recriminem por ser ruinzinha em Matemática e em Geografia. Eu também estou com uma péssima noção espacial hoje.

Boa folga pra vocês.... Eu fico só na vontade.

Alter do Chão... Sempre linda em qualquer época do ano...

Obs: Esta foto eu furtei do orkut da Kézia. Acho que ela nao se importa...

Mais um post roubado de um blog do qual não lembro o nome agora...Porque eu não consigo me libertar de velhos vícios.

Mas falem a verdade! É ou não é uma fotografia liiiiinda?

Porque tem gente que tb gosta de ver figuras bonitas... Essa é a minha amiga Cissa Loyola. A Patinha mais fofa do planeta! A de vermelho sou eu... Tá bom, parece coisa de narcisista. E é.

Bom dia cheio de tumultuados momentos, agravados pela chuva... Agravados nada. A chuva só traz coisas boas...
Segue aí o roteiro
5 da matina... a chuva já está dando o ar da graça lá pela minha casa um... o barulhinho que faz no telhado é música mais afinada e agradável do que o do meu despetador com som de galo histérico. Uns minutos de indecisão justificáveis antes de me espantar com a temperatura da água no chuveiro... e um grito que poderia ser ouvido a quilômetros, não fosse a chuva...
5 e 15 chega o Pedroso. E como por milagre ele decide não apitar dessa vez... Ou apitou e eu nem aí. Ninguém é capaz de tirar a minha paciencia em dias assim.
5 e meia chegada na tv...Tenho meia hora. tempo de checar as matérias prontas na casa, confirmar o espelho e lembrar de todas as nuances da maquiagem feita no dia anterior. Até o cabelo está colaborando. A lei de murphy há de funcionar de maneira inversamente proporcional desta vez...
E a chuva começa deste lado da cidade. Delícia!
5 e 50 chega o Wildemar, que a chuva transformou numa coisa ensopada e rabugenta. Guardo o riso pra depois... Chega o Cid, igualmente ensopado, mas melhor humorado, como sempre... E o Tato já estava... Vou pra mesa de apresentaçao aguardar o sinal de ok.
_ Não dá mais tempo de gravar a escalada... Vai ser ao vivo, diz o operador.
_E! Por falar em escalada, Cid vc vê pra mim se...
_ Não tem texto de escalada, Wal!
_ Obrigada, Cid...
_Tem 1 minuto e meio!
_ Valeu! Corro até o complexo e a ideia é digitar tudo o que me vem a cabeça, mas nada me vem... Pensa rápido! 30 segundos pra entrar no ar. _ Segura!... - Só mais um pouquinho. Nasce uma escalada de 3 tempos. Iuuupi!
Tou na mesa de apresentaçao outra vez... Sinal de ok para o operador e um simpático "Bom dia pra Vc. Está no ar mais uma ediçao...
Pensa que acabou? Eu também pensei.
A Liberal não entra... Bug no sistema deles. Nós não somos os únicos com problemas, afinal. E agora tem que esticar o nosso tempo. Enquanto isso na ilha de ediçao, ouço pelo ponto os editores cantando "de bar em bar, de mesa em mesa, tomando cachaça e mais alguma coisa que eu não lembro...
Final do jornal: _ Um ótima terça-feira pra você! _ Sobem as letrinhas....
_ Wal, vc não errou nenhuma vez o número da câmera! _ Aplausos_ Nada melhor que a adrenalina para curar o esquecimento.

Armando Carvalho, radialista há mais de 30 anos, é um dos mitos mais conhecidos destas bandas do Pará. Em matéria de histórias e estórias, tou pra ver um pescador supera-lo. Mas, mesmo sabendo que, pelo menos 90% do que ele fala precisa de uma segunda opinião para ganhar credibilidade, virou hábito. As primeiras notícias da manhã têm que ser recebidas dele. E não há um dia que eu não me surpreenda. Seja pelo inusitado da informação, pela coragem de mentir tão encantadoramente, pela singeleza da forma contada ou mesmo por resistir à tentação de não exagerar tanto numa notícia ( às vezes ele se supera), o Armando é meu café da manhã de notícias loucas. E hj, como sempre, não podia faltar a minha dose de sulrealismo noticiário. Numa cidade perto de Parintins, no Estado do Amazonas, teria sido encontrado um homem peixe, morto. Talvez, crime passional cometido pela mãe d’agua... Mais uma vez a superação deste artista do Rádio! Dou risada até doer a barriga. Aí me vem o meu colega de externa dizendo que a notícia é velha e que a foto já está até na internet. Um tritão sim senhora, diz ele com ar de sério. Peixe com jeito de homem. Na Amazônia?! Quem duvida...

Vcs já ouviram falar da lei de Murphy?! Aquela teoria estúpida de que quando uma coisa tem que dar errado, ela certamente dará... Pois é... Funciona no Bom Dia.

Escalada gravada 15 minutos antes da entrada do jornal. Perfeita! Não fosse o meu cabelo que insiste em cair nos olhos na hora errada.
Todas as reportagens espelhadas. Jornal quase inédito. Duas reprises justificáveis.
Todas as cabeças checadas 2 vezes e eu ainda cometo a proeza de chamar sábado pra segunda-feira na primeira reportagem do dia.
Tudo bem, Wal. Você não é a primeira a trocar os dias da semana na história dos jornais televisivos.
_Atenção... (o operador, pelo ponto)...vai ter hora! Wal... A hora!
Tarde. A hora é o de menos na minha lista de esquecimentos. E o nome da entrevistada do dia é... perdão, deixa eu perguntar pra ela e já eu conto pra vocês... Ainda bem que a entrevista é gravada... Mas aí tem que prestar atenção na roupa e na maquiagem que nunca, nunca estão exatamente iguais.
A reportagem do maestro, tão bonitinha pra encerrar o jornal. E eu teria acertado em deixa-la para o final, não fosse a repórter trocar o nome da orquestra... E eu não vi!
Tudo bem. Vamos encerrar direitinho, pelo menos... Atenção... Encerramento na câmera 3..._ Na três, Wal!
Eu já falei pra esse meninos que eu não sou muito boa com os números...

Não, não é uma reclamação. Porque para o bem e para o mal, com calma e a seu tempo, tudo se resolve. Aqui na Amazônia a gente cresce aprendendo a respeitar o tempo da natureza, dos rios... 6 meses de cheia, 6 meses de seca e um ano inteiro de lendas, mitos e descobertas. Ah, e aprende a esperar que a Embratel descubra uma fórmula de não pifar na floresta.

E outra vez a ausência da internet. O meu mais novo amigo virtual queixa-se da falta de uma tv na Espanha... Mas se diverte a valer, contando suas aventuras por lá, no seu diário on line. Eu me pergunto se saberia viver sem internet! Ehehehehe. Umas horas de abstinência e já me falta o ar... Mas aqui na Amazônia, onde tudo chega à canoa, a gente aprende a ser paciente.

... pelo André. O blog dele é o Garibada. Dessa vez eu não roubei não...

O sol renascia.

Bocejadamente abri a porta.

O horizonte se escondia atrás das árvores.

Entro no estábulo de folha

e alimento minha criação.

Do balde ao chão: consoantes, dígrafos, cedilhas...

Comem caladas.

Levo duas ao colo e as embalo, dou tapas nas costas, faço de tudo mas não rimam.

Foi quando estranhei um estranho estranho ....................... ..... ...................... [ ali parado.

Sem métrica para prendê-las,todas voaram, cheias de sons pensados, para seus olhos.

Fabio Rocha

Um homem está caminhando quando é abordado por um tipo mal-encarado, que diz:
- Hola, yo soy paraguayo. Vino aquí para matarte!
- Para o quê?
- Paraguayo.

Obs: É uma das poucas coisas que me faz assistir a Tv até mais tarde.

Um grupo de pesquisadores da UFAM e da UFPA quer provar por A mais B que, apesar do barateamento das passagens aéreas, o morador da Amazônia prefere as viagens aquaviárias. Primeiro, porque já faz parte da cultura amazônica. Segundo, porque o ribeirinho não dispensa as mordomias de uma rede. Há até quem prefira aquele amontoado delas, umas por cima das outras, pra despistar o frio da madrugada. Quem já viajou pelos rios da Amazônia sabe do que eu estou falando. Isso sem contar na paisagem... De Santarém a Belém, por exemplo. São dois a 3 dias, dependendo da pressa do piloto, de diversidade ecológica e um não fazer nada convidativo ao cochilo, embalado na rede quentinha...Uma delícia mesmo. Deu até saudade, agora...

O Governo Federal contesta esses números.

O Brasil caiu uma posição no ranking que mede a qualidade de vida, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo estudo divulgado ontem, quinta feira, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Agora, o país ocupa a 69ª posição, de um total de 179 países analisados. O principal vilão brasileiro foi o saneamento básico: de acordo com a ONU, 43,5 milhões de pessoas no país não têm acesso a ele.

(Fonte Globo Notícias)

Um homem, traído pela mulher, mantém cerca de 20 reféns dentro de um ônibus em Nova Iguaçu. Ele está com um revólver 38 apontado para a cabeça da mulher que enfeitou a cabeça dele e não ouve nem a irmã, nem a mãe. Será que vamos ter uma nova tragédia passional?

Obs: Eu não estou fazendo apologia ao crime. Até pensei em postar aqui um poeminha descontraído e com uma imagem de revoada de pássaros, mas aonde é que nós vamos parar com essas pessoas que não sabem lidar com os sentimentos próprios e põem em risco tantas vidas alheias?!

Este meu pedaço de nome já me rendeu muitas atrapalhações e boas gargalhadas.
Por telefone é o mais comum:
_ O seu Wal Nascimento, por gentileza.
_ Ele não está. Quer deixar recado?
_ Quem é?
_ Wal, a irmã dele.

`As vezes são aqueles passadores de pauta que não costumam assistir aos nossos telejornais:
_ Release para O jornalista Wal nascimento.

E recados de orientador de cursos da Uniglobo:
“ Caro Wal, a escalada tá boa, mas precisa diminuir o texto.”

Da primeira vez que apresentei o Bom dia a primeira confusão do dia ficou por conta do taxista (tem sempre um taxista no meu caminho, já repararam?). O coitado, em sua difícil missão de encontrar a minha casa número 1, saiu batendo, ‘as cinco da matina, em portas de vizinhos mal encarados:
_ “É aqui que mora o seu Wal?... Não!... _ Não tem nenhum Wal aqui perto? É Wal alguma coisa, trabalha na Tv Tapajós...”
Livrou-se de umas boas baciadas e bateu na porta certa depois da terceira tentativa.

Já recebi cantada de mulher em sala de bate-papo (lembram das salas de bate-papo? Hj, só messenger...), já fui até confundida com gay!
Ai, Paraguai, por que eu não aceitei a sugestão do Mauro, de me assinar “ Cléa Santos”? E deixa eu fazer um trocadilho nada criativo e até baixo. Gay aqui, só o meu lado masculino e unissex, que eu me lembre, só uma sandália de pneu que eu comprei pra ir pra Maratona de Selva. Nem acredito que eu escrevi isso. Deixa eu postar logo, antes de bater o arrependimento...

Os movimentos sociais querem mais discussão, mais audiência, mais isso, mais aquilo. A câmara quer mais tempo. O executivo quer mais pressa. E o povo quer saber que raio é um plano diretor. É o documento que vai (deveria) dirigir os passos do municipio rumo ao desenvolvimento pelos próximos 10 anos. Mas o que vai ser feito e onde vai ser feito não depende só de conversa, nem de interesses (particulares). Tem que ter um parecer técnico que ainda não houve. Tem que ter recursos disponíveis e pra isso, o município tem que prestar contas sobre o andamento das discussões do plano diretor. Coisa que ainda não fez.

Um homem entra numa biblioteca e se dirige a uma funcionária:
- Por favor, a senhora pode me ajudar a encontrar um livro?
- Claro, como é o titulo do livro?
- “Homens: o Sexo Forte”.
- Pois não. Ficção científica é no andar de baixo

Fonte: Programa do Jô.

O chinês grandão, recordista de altura, estava ontem no Jô. A entrevista foi muito engraçada e de fácil entendimento, até porque eu sei tudo de chinês... kkkkkkkkkkkkkkkk... Na verdade, nem o entrevistador sabia, mas o Golias é uma simpatia, mesmo quando não se faz entender. E a propósito, ele tem 2, 36 e não 2, 38 como eu havia postado há uns dias aí... Também tem 55 e não 53. Isso que dá confiar em qualquer fonte.

Saudades da faculdade, isso sim, quando a gente torrava as horas de linguística aplicada contando piadas de loiras por trás das apostilas. Dia de apresentaçao era dia de show. Nós éramos as panteras, as patricinhas, as viúvas negras, dependendo da situaçao. E não aceitávamos loiras na equipe! Um dia, apresentaçao de Língua 6, eu acho, a Loiola começa a explicaçao, daquele jeito patinha dela de ser. "Era uma vez uma loira"... Pronto. Na última cadeira da última fileira, uma loira, grávida, pagando disciplina, a tudo escutava com jeito entre surpresa e curiosa( e fazia cara de quem estava entendendo!). E eu, querendo me enterrar naquele momento. Mas a Loiola não estava nem aí e, baixinha do jeito que é, acho que nem conseguia ver a loira. Terminada a piada, a turma desatou uma sonora gargalhada e eu, tentando consertar a situaçao pensei em dizer: "gente, nada contra as loiras". Mas já era tarde. Minha língua me traíra outra vez, pois, antes de pensar, já tinha dito "nada contra as burras". Ouviu-se outra sonora gargalhada. E eu até hoje tenho pesadelos com a cara da loira que, por sinal, era até legalzinha.

Uma loira chegou com seu carro novinho numa loja de acessórios e disse pro vendedor:
- Quero instalar um pára-raios no meu carro.
E o vendedor explicou:
- Olha, eu nunca ouvi falar nesse equipamento pra veículo. Por que é que você quer instalar um pára-raios no seu carro?
E a loura: - Aloooouuuuu! Nunca ouviu falar de seqüestro relâmpago não, ô desinformado?

Eu sou uma blogueira feijão com arroz, dessas de quem não se pode esperar muito. Às vezes ,nem muito pouco. De nem comemorar o aniversário de um ano do blog. Tadinho do bichinho. ficou à espera de uma primeira vela e nem pra remédio ou pra despacho ele recebeu. Talvez no de 2, que já está bem próximo... Eheheheh... Eu sou uma blogueira sem ideías para preencher espaços em branco e em rosa também...

É cômico, embora por um triz não tenha sido trágico... O funcionário da justiça e jornalista e blogueiro J Ninos engrossa a lista dos assaltados de primeira viagem e descreve com fartura de detalhes a experiência aqui. Se a sensaçao de ter sido assaltado não foi muito boa, o alívio por ter sobrevivido pra contar a história fez com que o recém-assaltado criasse um texto que me fez rolar de rir....

Decidi contar quantas 3 pessoas visitam este blog... kkkkkkkkkkkkkk... E estou até satisfeita em saber que tem mais uns dois ou 3 do que o imaginado.

Em Santarém as gangues fazem arrastão de vandalismo. Foi o que aconteceu ontem por volta de 7 horas da noite em vários bairros da cidade. Tudo organizadinho. Primeiro uma vila é invadida, depois uma casa é apedrejada, depois tentam matar 2 caras e assim por diante... Depoooooois é que vem a polícia. Impressionante. 18 pessoas foram presas e em seguida liberadas. A polícia militar diz que não tem efetivo suficiente para conter a onda de violência. De todos os postos de policiamento (lembram dos "PM boxes"??) apenas 3 continuam funcionando.

Neto de assassino de Chico Mendes é preso por morte de estudante no Rio Branco.

A crise financeira chega para bons e maus. E o PCC (Primeiro Comando da Capital) enfrenta época de vacas magras. A crise é tanta que, segundo informaçoes da policia de São Paulo, o Comando estaria tendo problemas para bancar os cerca de 50 mil reais gastos, a cada 20 dias, com o transporte dos parentes dos presos nos dias de visita, uma das prioridades do grupo. A facçao criminosa decidiu reduzir o valor do "bicho papão", espécie de imposto cobrado de criminosos que não estão presos. Passou de mil para 55o reais, com o objetivo de fazer com que mais bandidos colaborem. Outra demonstraçao de organizaçao interna é que o Comando está descentralizando o poder para facilitar as açoes criminosas. Com as mudanças, "as torres" (gerencias ou filiais) não vão mais precisar do aval dos poderosos presos pra comandar açoes criminosas. Ai, ai... Se a polícia tivesse a mesma organizaçao...

Foi uma comédia... Esse olhar perdido aí é pro Cid, o chefe da baderna e da ilha de ediçao... raro momento de seriedade dentro do estúdio...















Acima, o Cid fazendo uma fita beta de instrumento de percussão...


















As fotos são obra e mérito de Leandro Dias, o redator do Portal... Fico aqui me perguntando o que diria a minha professora de Visual no Telejornalismo se olhasse pra isso... kkkkkkkkk

Não aconteceu hj e nesta quarta é gravado porque vai ao ar 'as 4 e meia da manhã... Imaginem o meu mau humor multiplicado por 10 com o Seu Pedroso me apitando 'as 4 da madruga.... kkkkkkkkkkkkkkk... Bem, bem, é só nesta quarta e nesta quinta...Livro-me de dois aborrecimentos de uma vez...

"Qual Ioga, qual nada! A melhor ginástica respiratória que existe é a leitura, em voz alta, dos Lusíadas."

Mário Quintana

Nem só de música se faz a história do maestro mais ilustre de Santarém. No próximo dia 17, data do aniversário de nascimento dele, será lançado o livro "Meu Baú Mocorongo". Mais de 2 mil páginas de história da cidade, dele, da família... Uma espécie de blog do maestro, do tempo em que ainda nem se falava em computador por esses lados do Brasil. Começou a ser escrito quando ele tinha 16 anos e lá estão as biografias dos prefeitos, das pessoas que de alguma forma chamaram a atençao do maestro. Gostaria de ler esta enciclopédia. O mais interessante é que o livro não foi digitado, foi fotografado, do jeitinho que o Isoca deixou, página por página.

O governo autorizou mas os motoristas não estão satisfeitos...acaba com o carro. Seria bem pior se fosse mais álcool no motorista...

Dormi mais meia hora hoje porque o jornal agora é depois do BOm Dia Brasil.
O taxista errou a minha casa outra vez...
Passaram uma escalada por cima da entrevista do dia.
No mais, o jornal foi tranquilo , tranquilo...

Bruno Ribeiro de Macedo, de 19 anos, saiu de casa, na Favela do Jacarezinho, em busca de socorro para o pai, que passava mal.Sem atendimento médico na comunidade, ele saiu da favela, em companhia de um colega, para procurar um táxi na rua mais próxima. Quando finalmente encontrou, policiais militares que o viram entrando no carro acharam que se tratava de um assalto e atiraram.Bruno está morto. Foi baleado no rosto. Os dois PMs foram afastados do trabalho e tiveram as armas apreendidas. O pai de Bruno, de 77 anos, que passava mal, foi levado por outras pessoas para um hospital e morreu, sem saber o que tinha acontecido com o filho. (fonte JN)

Um menino de 5 anos de idade levou um esbarrão de uma moto na Santarém- Curuá-Una. Só uns arranhões. Pra que a pressa no atendimento? E pressa é o de menos a faltar no Hospital Municipal. Dia desses não tinha buscopan na enfermaria. O menino ainda chorou no colo da mãe um tempo e morreu. Havia batido a cabeça quando caiu no asfalto.

Continuo com a minha saga de acordar às 4 e meia da manhã. O Bom dia pode até não estar lá essas coisas de ediçao, mas divertido ah isso tá.

Conheci no blog do Rui. Fui ao site oficial e descobri que é brasileira, tá fazendo o maior sucesso no exterior com um jeito de misturar ingles e portugues e carisma brasileiro e bossa nova e samba... Ive Mendes. Dá uma ouvida no site oficial. Eu gostei.

CLIC, de Luiz Fernando Veríssimo.
Gestantes, Idosos e Deficientes, de Mário Prata.
Hoje de Madrugada, de Raduan Nassar.


Vamos lá. Não façam cara feia e preencham o tempo ocioso de vocês com alguma coisa útil. kkkkkkkkkkkk...

e Maria Rita fazem uma boa combinaçao. Ela levou dois prêmios desta vez. Melhor album de MPB por "Segundo"e, melhor canção, por "Caminho das Águas". Eu ainda prefiro o primeiro...

Quer saber mais, clica aqui

Vontade de ir pra lá voando, ainda mais quando eu vi o Luiz Fernando Veríssimo dando autógrafo com aquela cara de bebê envergonhado. A maior feira de livros a céu aberto da América Latina. Com livros pra todos os gostos, até pra quem não gosta de ler.

Afetou até Santarém. Voos atrasados, gente reclamando, xingando os atendentes, passando o tempo jogando dominó ou praga... E depois de 8 dias consecutivos de tormento e testes de paciência com altos índices de reprovaçao, a situaçao volta a ficar normalisada ou, pelo menos, menos tensa desde que os 149 operadores de voos dos aeroportos internacionais do país decidiram cumprir somente a carga de trabalho segura e humanamente possível. Como vão resolver o problema definitivamente? Não é problema meu.

67% de mata amazônica destruídos no Pará. Uma área de mata quase do tamanho do Estado do Paraná foi derrubada nas últimas décadas. É o que dizem pesquisadores do Museu Emílio Goeldi. 30 espécies de plantas e bichos correm o risco de desaparecer. Dá um aperto no coraçao de pensar que toda essa riqueza tá acabando e o povo que vive aqui continua "miserável, pobre, cego e nu", como prevê o Apocalipse para uma certa igreja da Ásia.

Tá bom, tá bom. Eu não tou muito inspirada hj...

...é esse chinesinho de 2, 38 m de altura. O nome dele é Xi shun e tem 53 anos.

3 dias sem internet e quase me falta o ar...

A Pará agora tem uma nova música pra cantar. Tomara que não desafine, meu paraguai...

Do anonimato para a vice-governança...E agora todo mundo é amigo dele desde pequenininho.

Finalmente assistido. É que quando eu não esquecia que tinha que ir à locadora, eu esquecia o nome do filme e aí ferrava. Meu amigo Mauro me indicou este filminho porque disse que eu ia encontrar nele algum tipo de identificaçao... É que ela (Drew Barrymore) sofre de perda de memória recente. Pra quem nao assistiu é uma ótima pedida e pra quem assistiu e já esqueceu também.

Na comunidade de Alter do Chão, uma idéia que vem ajudando a iluminar as mentes de crianças e de adolescentes. E eu quase me perco na sessão infantil de literatura...

O primeiro livro que li, sem figuras, foi "A pequena princesa". Presente de aniversário de 7 anos. Não gostei nada do fato de só ter letras. E eu só o li porque a pessoa que me deu disse que me daria outro, todo colorido, quando eu o terminasse. Nunca ganhei o outro. Mas nem precisava mais de estímulos, estava encantada pelo primeiro que li umas dezenas de vezes depois.

Pois é. Apreenderam umas camisas porque eram vermelhas e tinham um 3 no meio... O número era 23, mas o 2 seria uma mensagem subliminar petista ( o 1 de 13, disfarçado de amarelo e duplicado?! rs)...'No período eleitoral floresce a criatividade no terreno das imaginações férteis. E eu pensando que só os petistas eram dados a essas neuroses...

Dois dias para as eleiçoes e eu aqui pensando se voto no erro certo ou no duvidoso...

...foi aquecido por um incêndio em frente à feira da Candilha. O deposito de um mercantil pegou fogo durante a madrugada. O japonês do comercio ao lado diz que pode ter sido obra dos assaltantes que levaram algumas mercadorias e fizeram a maior baderna no estabelecimento dele. "E comeram a melancia sem pagar!", diz o japonês com fúria nos olhos. Ainda não eram 7 e tinha um corpo sendo removido pelo IML. Lá perto do Viaduto. Eu passo do lado de uma pedra enorme sem ver o sangue. Quase tropeço na sandália do morto, deixada pra trás. Só depois é que me dou conta e quase morro...Quase morro de pena da velhinha, irmã adotiva do morto quando ela diz " A gente chora porque foi criado pertinho da gente, aprende a gostar sem fazer diferença", sem fazer diferença se é parente de sangue, se é delinquente, se já matou outros tantos. Era um ser humano e ela o amava, é o que importa.

Repórter fazendo economia na pergunta:
_ Falta sinalização?
Entrevistada com cera no ouvido:
_ Não. Tem de sobra, tá horrível. Ninguém mais aguenta tanta marginalização, minha filha.

"Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie - nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida. "
Fernando Pessoa

Ela não é fofa? Eu sei que sim. Sapeca toda. Virou estudante e vai para escola dormir, é o que a Carol me conta. Não consigo imaginar uma coisa dessas. Antes de dois anos completos já falava tudo. E assim que me via, gritava: " Ei, Wal, quero xegurar voxê". E eu é que segurava porque , na verdade o que ela queria dizer era "Wal, me segura?". Quando a família foi para Boa Vista deixou uma saudade de doer. A Pedacinho ainda fez o pai, a mãe e a irmã me ligarem umas vezes só pra dar boa noite. Linda. A Carol me diz que ela não lembra mais. Tá crescendo e esquecendo. Eu vou lembrar sempre.

Eu não sei porque vivem me mandando propagandas de dietas mirabolantes de emagrecimento. Quem anda correndo da balança sou eu, por estar devendo pra ela...

(foto elegantemente furtada do blog do Jeso)

Um professor que é ameaçado de morte. Uma professora que já foi cuspida por um deliquente. Um professor que quer desistir do magistério. Um adolescente de 15 anos que fugiu para Itaituba e foi preso com uma arma na mão. Uma menina de 13 que faz programa e diz que só transa com camisinha. Um moleque de 18 que bate numa de 14 na frente da escola porque diz que está sendo corno. Um grupo de adolescentes que fuma baseado dentro da escola, misturado aos alunos que vão pras aulas de educação física sem farda. Uma diretora que não sabe mais o que fazer com os telhados arrebentados por pedradas. Uma professora que levanta a mão pra pedir silêncio , um aluno que levanta a mão pra bater na professora. Um aluno de 6ª série que não quer mais estudar porque tem medo de ser pego na saída. Uma escola disputada por duas gangues. Um gangueiro que diz que não pode estudar porque não pode passar para o outro lado (do bairro ou da vida?). Uma história e tanto para uma única manhã. Pena ser realidade.

Quebraram o nariz dele com uma coronha de revólver.
Foi ontem à noite. Por volta das 7. Foi abordado por dois sujeitos encapuzados, o baixinho com um revólver na mão, o outro, mais alto e magro, com uma faca que reluzia com a claridade da luz da rua... Era a primeira vez que era assaltado em mais de 70 anos de vida. Em nenhum momento disseram "mãos pra cima!". Não conseguia lembrar se era o bandido ou a policia que dizia isso nos filmes policiais que assistira. O sangue ferveu quando o nanico apontou o revólver pra ele. Num reflexo, as mãos se ergueram e seguraram os pulsos do bandido com força, pra cima. O outro soltou a faca, agarrou-o pelas costas. Um grito foi ouvido pelo vizinho. Outro grito, desta vez de dor. Seu Clodomir (acho que é esse o nome do vizinho), de toalha, ainda teve tempo de ver os bandidos correrem e pegarem uma moto... No chão estava o velhinho, todo ensanguentado. Pela manhã, nariz operado pelo melhor otorrino da cidade, sulcos roxos em volta dos olhos, voz anasalada, o médico peruano, nacionalizado brasileiro, sente uma satisfaçao visível quando conta e reconta a mesma história... Está cercado por repórteres e, com certeza, vai ser um dos assuntos do dia. Os olhos dele brilham quando faço cara de espanto e depois, calculadamente, de aprovação, por tanta bravura. "Eram dois - diz em tom solene- mais novos e mais fortes do que eu. Um deles me jogou no chão e houve luta corporal e... não sei de onde tanta força para superar tão grande perigo"... O sotaque dele me faz lembrar Dom Quixote e eu ainda me deixo ficar alguns instantes, olhando o repórter da vez coletar o mesmo depoimento, rico em detalhes...

E essa ocupada lê e ainda publica... rs.

> O Homem descobriu as CORES ...e inventou a PINTURA.
> A Mulher descobriu a PINTURA ...e inventou a MAQUIAGEM.
> O Homem descobriu a PALAVRA ...e inventou a CONVERSA
> A Mulher descobriu a CONVERSA ...e inventou a FOFOCA.
> O Homem descobriu o JOGO ...e inventou as CARTAS
> A Mulher descobriu as CARTAS ...e inventou o TAROT
> O Homem descobriu a AGRICULTURA ...e inventou a COMIDA
> A Mulher descobriu a COMIDA ...e inventou a DIETA
> O Homem descobriu os SENTIMENTOS ...e inventou o AMOR
> A Mulher descobriu o AMOR ...e inventou o CASAMENTO
> O Homem descobriu o COMÉRCIO ...e inventou o DINHEIRO
> A Mulher descobriu o DINHEIRO ...e aÍ ferrou...tudo!!!!!!

Desodorante argentino, pó, base, sombras e batons brasileiros, calcinha e soutiã paraguaios (suponho, comprei de uma muambeira), perfume francês (um genérico das grandes marcas, mas, fabricado em Paris, diz a embalagem que imita um charuto cubano, então é francês por direito de nascimento). O kit manicure é made in China, toalhas "Americanas" (é o que diz a etiquetinha), elástico de cabelo made in Taiwan, sandálias havaianas (as legítimas)...Globalizaçao.

Por que raios tem titânio no meu pó facial?!

O princípio ativo do meu antitranspirante é cloridrato de alumínio.

Santos Dumont tornou realidade o que muita gente chamava de loucura. E ainda hj, os feitos do homenzinho de pouco mais de 1 metro e 50, inspiram uns, impressionam outros tantos. A mim, apaixona.










Conheci esta semana o caminhoneiro César. Em comum com o gênio ele tem a fixaçao pelos ares. Quando era pequeno, Cesar subiu um muro, pegou duas palmas de coqueiro e se jogou lá de cima. Ficou plantado no chão e quase morre. Mas nunca deixou morrer a vontade que o motivou a construir seu sonho. O avião, iniciado há 6 anos ainda não levantou voo, mas César não desiste. E a gente até ajudou ele a voar na telinha, pelo menos.


Recordo agora das palavras de outro gênio . "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".

Emocionante. Uma viagem e tanto aquela. Uma imagem e tanto a que aqueles privilegiados de Paris tiveram. Eu gostaria de ter conhecido este homenzinho...

Esse carinha que aparece me amarrando aí é o Rode, um inglês gente boa, que, de tanta maratona, acabou virando professor.

Essa gaiata (gata) aí sou eu, literalmente na corda bamba.

Já tou sentindo falta dessas coisas...

_ Eu não quero, mãe, diz Cleidiane com ar de quem está decidida. _ NÃO QUERO, repete para não deixar dúvidas e com a voz mais firme.
_ Mas não vai doer_ Interrompe a enfermeira, com voz extraordinariamente gentil.
_ É, filha, não vai _ confirma a mãe.
_ Não vai. Repete Cleidiane, como se estivesse ponderando as coisas. Estende o braço para recolher em seguida. _ Mas eu não quero, diz outra vez com os olhos na mãe.
_ Pois vou chamar o guarda pra ficar bem aqui do seu lado.
Da porta da Emergencia, o guarda ouve a conversa e se aproxima.
_ Algum problema por aqui? Diz ele, tentando fazer cara séria para a menina e, depois: _ Vamos, é para o seu bem.
_ Nem vai doer filhinha_ a mãe, menos firme, mais mãe mesmo.
_ É melhor não olhar_ Mas Cleidiane faz que não ouve a orientaçao da enfermeira e olha, entre conformada e curiosa, para a agulha injetada em sua veia.
_ Nem doeu_ Diz, aliviada, e beija a mãe na testa.

Cleidiane tem 18 anos de idade, é portadora de síndrome de dow. Foi para a emergencia devido a uma indigestão. É a imagem mais bonita de que me recordo de toda aquela noite.

Eu decoro fórmulas de shampoo e de todas aquelas tranqueiras que costumo usar durante o banho.

Depois de uma noite inteira num hospital, vendo um monte de mulher sofrer pra ter um nenem, é definitivo. Filhos, só se forem adotados. O Gabriel, por exemplo, 7 meses na barriga da mãe, deu-nos uma noite inesquecível e vai receber por isto merecidas palmadas quando decidir nascer. Treina muito pra isso, querendo nascer antes do tempo. A mãe dele, coitada, andava de um lado para o outro, mãos nos quadris, arcada dentária superior cravada no lábio inferior, ora gemia, ora cantava, ora contava até 100, ora dizia "puxa vida, que dor" ( não dá pra publicar aqui o que ela dizia, né...)... E quando decidia ficar na ponta dos pés agarrava-se a primeira coisa que via... Não, não. Eu acho que não nasci pra isso, ainda mais sabendo que a minha mãe sofreu tres dias seguidos, e que eu tive que ser tirada com um ferro de dentro da barriga dela. Tanta criança por aí, já parida, já do lado de fora, nada mais de dor. Então, né, tá decidido.

No hospital a menininha recebeu atendimento, o único carinho de toda a sua vida um nome. Ana Vitória. De certa forma, este nome combina com ela. Não sofre mais. A mãe é que é uma derrotada que tem muito a aprender da vida.

Às vezes eu tenho muita vontade de escrever e deixo a vontade passar, sem anotar uma vírgula neste espaço rosado. E hj, que eu não tenho vontade de nada, resolvi que vou escrever, sem inspiraçao, sem beleza, sem nem assunto.

Como alguém tem coragem de abandonar um bebe num lixeiro? Como alguém tem coragem de abandonar um bebê recém nascido para ser devorado vivo por urubus?

Alguém me faz lembrar a lei de Murphy... Se uma coisa tem que dar errado... ela certamente dará. Então, como eu não sou a única lascada nesta floresta, é melhor rir do que fechar a cara para o mundo. Um médico inglês muito simpático não acredita quando eu tento alertá-lo sobre aquele aparentemente inofensivo capinzinho suspenso. O nome´popular é tiririca. Coisinha fofa que gruda na pele, coça e até corta. Tou olhando agora para a marquinha que um deles provocou na minha mão. 5 dias depois e ainda dói. No médico, a marca foi maior e no rosto. Como recompensa só mesmo o momento voz e violão, depois de cada etapa.

Lembram do Karin? Pois é. Primeiro dia de prova e o francês conhece o veneno de um escorpião amazônico. Um austríaco quebra a testa num galho de árvore. Dois brasileiros se perdem na mata. E o seu Jocivaldo, morador de Itapuama, ainda me diz que "tá facinho, facinho, num tem errada na trilha". Pra nossa equipe (eu e o cinegrafista) as coisas também não estão tão boas... Primeiro a gente tem que trocar a lancha por uma canoa pra entrar num igarapé que mais parece uma corredeira. Nossos guias remam literalmente contra a correnteza e a câmera decide que não trabalha sob pressão! Ai, e eu ainda tenho que aguentar a equipe de reportagem alemã fazendo graça com a mega estrutura cinematográfica. O negócio é respirar fundo e esperar que alguma coisa sobrenatural aconteça ou que a câmera, naturalmente, decida funcionar.

(Post sobre a primeira Maratona de Selva realizada em 2006)

Karin, o ban ban ban de maratonas, me diz em entrevista, pouco antes da largada, que veio pra ver o amigo brasileiro ganhar. O amigo é Elton Bastos, santareno esforçado. Não fala uma vírgula em francês, Karin tb não fala português, mas amigos superam essas dificuldades de comunicação. Os atletas do Reino Unido posam para fotografias ( e como fazem isso bem). Herói, meu mais novo amigo brasileiro, repassa orientações aos colegas de equipe. E que cavalheiro é o Herói! Hino Nacional cantado a plenos pulmões e...Inicia a contagem regressiva... Lá vão eles em direção 'a mata. Mal sabem o que os aguarda.

Um paraíso de areia clarinha e águas azul-esverdeadas. A base da maratona de selva não mudou nadinha. Mudaram os maratonistas. Dos que participaram da última em 2004, poucos tiveram pique para voltar. Entre os remanescentes, o francês Karim Mosta, recordista mundial de maratonas de selva.
Carlos Dias, competidor brasileiro que torceu o pé na última prova, trouxe companhia. Um grupo simpatissíssimo de brasileiros que veio disposto a concluir a prova e a se manter unido.
Entre os estrangeiros, o grupo alemão me surpreendeu. Espontâneos, brincalhões, comunicativos. Nada a ver com o perfil que tenho em mente quando penso em um alemão. Trouxeram até um mascote de pelúcia grudado na mochila! O que foi motivo de gozação entre os brasileiros... essas pessoas. Penso que só perderam para os do Reino Unido. Golpe baixo também ficar fazendo poses exóticas (sem trocadilho) pra câmera, em trajes íntimos... e em plena forma. Ops! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Uma aventura e tanto esta Maratona.

Não tinha rede, nem bolsa, nem camisa grátis dessa vez, mas aventura não faltou. O primeiro desafio foi encontrar o barco que nos levaria para Itapuama. Meia noite e eu perdida em Alter do Chão. Andamos, eu e o Amilton, com alguns quilos de bagagem nas costas, uns tantos minutos até chegar ao barquinho. 3 da madruga. Partimos rumo a Itapuama. Com a claridade da manhã, percebi que no meio de tantas redes em tons pasteis bem discretos, a minha, do bob esponja, era um escândalo. Não faltou oportunidade de treinar meu inglês explicando quem era o bichinho tão simpático multiplicado na minha hand-bed...

Descobre-se cada talento...

Dá uma olhadinha no SIGNIFICADO de algumas palavras em Inglês que um maninho do orkut me mandou...

BITE /Agredir: ele sempre BITE nela.
CAN /Pergunta feita por quem tem amnésia: CAN sou eu?
CAN'T /Oposto de frio: o carro esta CAN'T.
CREAM /Roubar, matar, etc.: ele cometeu um CREAM.
DARK /Palavra usada em antigo provérbio: e melhor DARK receber.
DATE /Mandar alguém deitar: DATE aí.
DAY /Conceder: eu DAY um presente para ela.
EYE /Interjeição de dor: EYE que dor de cabeça!
FAIL /Oposto de bonito: ele é FAIL.
FEEL /Barbante: me dá um pedaço desse FEEL para eu amarrar aqui.
FRENCH /Dianteira: saia da FRENCH, por favor.
HAIR /Marcha de carro: ele engatou a HAIR.
HAND /Entregar, dar por vencido: você se HAND?
ICE /Expressão de desejo: ICE ela me desse bola...
MAY GO /Pessoal dócil: ele é tão MAY GO.
MICKEY /Afirmativo de queimadura: MICKEY may.
MISTER /Sanduíche: eu quero um MISTER can't.
MONDAY /Ordenar: ontem MONDAY lavar o carro.
MORNING /Nem CAN'T, nem frio: o carro esta MORNING.
PAINT /Objeto: me empresta o seu PAINT?
PEOPLE /Alimento a base de milho: adoro comer PEOPLE-ca.
RIVER /Pior que FAIL: ele é O RIVER.
SOMEWHERE /Pessoa do interior: SOMEWHERE e irmão de Manuer...
TO SEE /Onomatopéia que representa tosse: ele desmaiou de tanto TO SEE.
TOO MUCH /Legume: quero uma salada de TOO MUCH.
VASE /Momento de jogada: agora é minha VASE.
YEAR /Deixar partir: ela teve que YEAR.
YELLOW /A companhia dela: saímos eu YELLOW.
YOU /Expressão de curiosidade: YOU seu irmão, como vai?

Sobre a moratória da soja...
Sobre a doença de chagas em Santarém...
Sobre o estatuto da Igualdade Social...
Sobre a minha insônia de 2 dias.

Mas quem eu devia...

DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana - Espelho Mágico

Abro o blog do Rui e descubro onde postei o Dom Quixote...

Uma santarena de origem tapuia entrou pra história da Amazônia. A índia Iza Maria Roná dos Santos Pira-tapuia conseguiu o título de mestre pela Universidade Latino-americana de Ciencias Sociais do Equador. Ela conseguiu nota máximas com a tese "Povos Indigenas do Baixo Tapajos, Rostos Contemporâneos". Atualmente, Iza coordena o setor de educação indígena, da Secretaria de Educação e do Desporto de Santarém.

Eu jurava que tinha postado aqui alguma coisa de Dom Quixote...

Suzane, Daniel e Christian devem cumprir um sexto da pena, cerca de seis anos e meio, em regime fechado. Como eles já passaram três anos na cadeia, daqui três anos e meio poderão ir para o regime semi-aberto e voltar a passar os dias em liberdade.

39 anos e meio para a patricida, se é que existe esta palavra... Fico aqui me perguntando se não foi injusto. Mas se fosse mais do que isso lá iam os advogados achar uma brecha na lei brasileira para um novo julgamento e, quem sabe, a possibilidade de uma indigesta pizza de absolviçao. Daniel tb foi condenado a 39 anos e meio e Christian com um ano de desconto porque a justiça interpretou que ele não ajudou a arquitetar o crime. Fez por dinheiro. Por dinheiro, Suzane planejou com detalhes e muita frieza a morte dos pais. Ela e o namorado Daniel convenceram Christian a participar do crime. O promotor, se dirigindo a Daniel, em determinado ponto do julgamento disse: "Você poderia ter dado um tiro neles, mas vc bateu, voce bateu, voce bateu". Marisia e Manfred Richtofen, pais de Suzane, foram mortos a pauladas, enquanto dormiam em casa. "Essa empresa Cravinhos/Richtofen Para Matar é dividida em 50% para cada um", afirmou o promotor Roberto Tardelli. Os pais de Suzane eram psicólogos. A filha, aposto, foi o caso mais difícil que eles pegaram na vida. Morreram antes de conseguir resolver...

A foto anterior é do ano passado, mas o clima anti-israel na Europa e no mundo parece ser o mesmo... Irã e Síria fazem o que querem, patrocinam a ação terrorista de milícias doidas como o Hizbollah e o mau moço é Israel. Não estou justificando os atos da nação israelense nesta guerra absurda, só estou contestando a forma como os fatos são contados. Muita falta de criatividade pegarem os judeus pra Cristo, não acham? Eu sim.

A milícia islâmica inicia essa bagunça toda que está acontecendo no Líbano e querem fazer os judeus de bode expiatório outra vez...

Descobri hj a existencia de uma comunidade simpatissíssima. Chama-se Apacê. Dizem os seus moradores que o nome é inspirado no nome de uma cidade francesa ou venezuelana, algo assim a ser pronunciado com biquinho francês... Eu tenho cá as minhas dúvidas se é o nome transliterado de uma cidade ou uma expressão modificada pela criatividade e imaginaçao fértil dos moradores de Apacê. Mas o que me chamou a atençao, além da peculiaridade do nome, é que Apacê é uma comunidade em franco desenvolvimento. Dona Saúde, uma distinta cidadã apacense me fala sem esconder o orgulho: "_ Hoje somos 120 famílias, minha filha. E já temos cinco ruas!" _Fico imaginando Apacê e seus ancestrais franceses e suas cinco ruas e seus filhos que estão aprendendo francês... Para além do "já me vous de canuá" que os ribeirinhos falam indiscriminadamente em toda esta região amazônica. A Dona Saúde me conta que são jovens que, interessados em saber mais sobre a história do inicio da comunidade decidiram aprender a língua francesa e fazer biquinho do jeito certo. Nos próximos meses é bem capaz de alguém batizar um guri com o nome do Zidane, se é que alguém por lá já não teve esta idéia...Taí, não vi mas já gostei do lugar...

Faço minhas as palavras dessa simpatia que uma certa pessoinha me mandou...

Dos 99 km do trecho Santarém / Rurópolis ainda não pavimentados, 20 devem receber asfalto (pensei em colocar o "apenas" no inicio da frase, mas achei desnecessário). E isso depende de aprovação de projetos e da simpática colaboração do Ibama, o que representa um atraso de meses, 2 ou 3, numa visão otimista... Adicione aos 79 quilômetros sem previsão de asfalto mais 1773 km até Guarantã... Agora responda sem pressa: Nesse ritmo, em quantas prestações e em quanto tempo a br será entregue?

Uma das maiores dádivas que Deus nos concede são oraçoes não respondidas.

Autor: nao lembro.

Vou expressar o meu cansaço em números. 340 km rodados. Não, não, trafegados soa melhor. Só de ida a gente trocou de carro 3 vezes. Primeiro de palio semi-novo sem ar-condicionado. Depois que acabou o asfalto a gente começou a cuspir tijolo. A coisa piorou quando tivemos que pedir carona, isso'no km 110 da br! E aí foram mais uns tantos quilometros numa toyota pra lá de rodada (essa sim!) do pessoal da Ceplac. Nós íamos com o povo do bec desde cedo, mas alguns contratempos nos fizeram chegar atrasados. Daí fomos seguindo, seguindo e por onde a gente passava e perguntava diziam "eles acabaram de passar por aqui"e a gente acreditava... Fomos encontrar com o povo do bec lá pela 1 da tarde e já pra fazer o caminho de volta...

Para um preso, menos 7 dias,
Para um doente, mais 7 dias
Para os feLizes, 7 motivos,
Para os tristes, 7 remédios
Para os ricos, 7 jantares,
para os pobres,7 fomes
Para a esperança, 7 novas manhas,
Para a insonia, 7 longas noites
Para os sozinhos, 7 chances,
Para os ausentes, 7 culpas
Para um cachorro, 49 dias,
Para uma mosca, 7 geraçoes
Para os empresarios, 25% do mes,
Para os economistas, 0,019 do ano
Para o pessimista, 7 riscos,
Para o otimista, 7 oportunidades
Para a terra, 7 voltas,
Para o pescador, 7 partidas
Para cumprir o prazo, pouco,
Para criar o mundo, o suficiente
Para uma gripe, a cura
Para uma rosa, a morte
Para a História, nada
Para vc, muito, talvez...

A barba estava bem maior quando ele veio por aqui. Vou postar uma foto mais atualizada do patriarca verde assim que obtiver colaboraçao dos meninos do Complexo... Ehehehehe...

Enquanto o Carlos errava o caminho do Jutuba, eu ia me entupindo de pastilhas benalet (sabor: soro caseiro com magnésia e alguma coisa bem enjoada) e fazendo gargarejo com colutório flogoral. Antes eu já tinha misturado Eritromicina com xarope Transpulmim para aliviar a tosse. Além de uma mistura de ervas e de óleos amargos (andiroba e cumaru) com mel de abelha para disfarçar o gosto ruim, preparada por minha mãe. Mas a bomba não deu certo. Pensei que coquetel molotof poderia fazer mais efeito... Subi a serra e por lá deixei os resquícios de voz que me restavam... O pior é que eu não sei exatamente que raio de remédio está derrubando a minha pressão... tenho que ir tirando um da lista por vez... As pastilhas foram as primeiras. E mesmo não sendo elas a origem do mal, que fiquem guardadas na gavetinha de remédios ao lado da cama, que a mim não trazem saudades...

Olha aí os caquinhos da casa 93...
















E sem voz!!!!!!

Chamam pra ela de Alto da Terra Preta. Como eu posso descreve-la? Ela é alta e tem muita terra preta lá em cima. Ah, também tem muitos caquinhos pre-históricos e era exatamente por isso que estávamos lá. A estrada inter-praias deve cortá-la no meio e esse é o problema. Conservar um sítio arqueológico tão grande quanto desconhecido ou levar estrada e mais comodidade aos moradores do Jutuba que sofrem bastante pra chegar à área urbana de Santarém?! O carro só chegou lá porque o motorista é um doido, adorável, mas um doido varrido. E o caminho é longo, com o desvio. Acho que é por isso que os moradores nào se ligam muito nessa história de preservaçao. Querem mesmo é que a estrada chegue até eles. Encontrei até uma senhora que fez de uma urna funerária indígena, um tanque de água! Mas há pessoas que tiram relíquias indígenas da Serra para outros fins. Uma peça no mercado negro em Santarém sai mais barato do que chocolate e pode chegar a custar um preço bem salgado e isso em dólares. O problema é que, segundo os moradores, a estrada deve ser concluida neste verào e se não for feito nada a serra vai ser sacrificada e aí o sítio desaparece sem chance de chegar a ser conhecido. É por isso que eu tenho que mandar essa matéria pra nacional. E é pra isso eu tenho que ficar boa da garganta. Eu contei pra vocês que a minha voz sumiu?

Depois de levar diversos foras dos donos da casa 93, da 7 de setembro, (a dos vasinhos indigenas quebrados, lembra?) decidimos procurar caquinhos de história em outros cantos. Nós temos que mandar este material pra Rede e ontem! Aí fomos para o Jutuba. Se voce conhece Santarém deve saber que por aqui o que não falta é praia. Nem história. E a pré-história também anda sobrando por essas bandas. E o Jutuba é uma mistura de tudo isso. Daí eu troquei o meu bom companheiro Jones pelo disposto e altamente conhecedor de áreas insólitas Carlos Karsten. Segundo me foi repassado, ele era o único da Tv que já tinha ido ao Jutuba ( isso há uns trocentos anos) pra pescar com o Mauro e, claro, sabia o caminho das pedras. E sabia mesmo. O caminho das pedras, porque o do Jutuba a gente teve que aprender junto, isso depois frustradas e inúmeras tentativas. Imaginem vocês que a estrada foi se divindo em duas, e outras duas e outras duas... em cada bifurcaçao o Carlos me dizia: "escolhe um lado." E eu escolhia. Depois de umas tantas eu decidi escolher sempre a da direita. E nenhuma alma penada ou depenada aparecia para dar informaçoes. Até que a gente encontrou. Primeiro uma mulher grávida, da qual o Carlos não aceitou o conselho de seguir em frente. Depois o Joaquim ( vocês lembram do menininho que teve a bicicleta roubada?!). Eu também fiquei surpresa, muito mais por nao ter esquecido o nome dele. Quem esqueceu foi ele que me chamou de Kátia. Só o perdoei porque foi ele quem nos deu uma informaçao mais acertada. Lá pelas 9 e meia da manhã a gente chegou ao Jutuba. Agora o trabalho vai ser moleza! Pensei. Moleza foi o que eu senti depois de subir aquela serra pra lá de inclinada e escorregadia isso sim.

Olha só. Primeiro eu fico sabendo que o papa da igreja ortodoxa na américa Herman alguma coisa vem fazer uma visitinha a Santarém. E vem acompanhado do Kofi Annan ou seu representante. Depois chega uma equipe de televisão da TV Aljazira e outra da BBC de Londres para fazer re'portagens sobre a guerra dos ambientalistas e dos sojeiros. Agora o meu editor de imagens jura de pé junto que viu o O Bin Laden em Alter. Começo a acreditar nele...

O gentil monseiur.













Aqui, não tão gentil, mas o número 1, ainda assim...