Meus meninos e meninas da Jamaica


Falam mais do que ouvem, correm mais do que andam, andam mais do que devem e ouvem o que bem entendem, mas só fazem o que dá na telha. Quando não querem que eu entenda falam em Pátua. Se querem se fazer entendidos falam lenta e altamente (pensam que diferença de sotaque é sinônimo de surdez). Sou tia Wal quando querem fazer doce, sou “Miss” quando querem pedir favores, sou “dona” quando sabem que é hora de obedecer, sou “professora” quando me encontram na rua em meio de semana, e sou também colo para os que correram mais do que as pernas e pagaram com o nariz. Sou mil e uma entre os cinquenta cada domingo, tentando não perder o controle (o meu e o deles).   Com todas as peraltices do dia querem ser ajudantes, só pra poder mandar nos outros com ar de autoridade. Um dia me matam de rir, no outro me fazem querer arrancar os cabelos. E são tão fofos de derreter o coração. A parte mais doce e inocente do Caribe. 
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