Enquanto isso na Jamaica

Quase explodi a cozinha tentando cozinhar frango na pressão outra vez (a primeira tentativa foi ainda no Brasil- mamãe precisou de um fogão novo depois da experiência). Quero deixar claro que não foi por falta de jeito, foi jeito demais. A panela tava com um problema na tampa, e a engenheira aqui decidiu que podia dar um... "jeitinho"  (brasileira, né). Um pouquinho de papel aqui e a jeringonça começou a fazer barulho. Sinal de que havia dado certo. Mas daí que pressão é feita de ... certo, vapor. Vapor é nada mais, nada menos que... muito bem, água em estado gasoso. Água mole em papel seco... Já viu que o papel não continuou no estado em que estava por muito tempo, né?!  Foi-se pelos ares e com ele o vapor aromatizado e engordurado sabor frango, impregnando paredes, teto, janelas e cortinas, sem falar do chão. Justamente no dia em que o marido decidiu trabalhar em casa. Passo com pano, balde, desinfetante e mais um arsenal de produtos de limpeza em frente à porta do escritório, em direção ao local da tragédia.
Ele (sem saber do caos): "Precisa de ajuda?",
"preciso de uma cozinha nova", penso, mas respondo: "não, tou fazendo terapia ocupacional enquanto o almoço apronta."
Uma hora depois, janelas sem cortinas, paredes e tetos desinfetados, spagetti no fogo, meu marido aparece na porta.
"Pensei que íamos ter frango pro almoço..."
"Mudança de última hora no cardápio... a receita anterior tava muito complicada."
"Mudou alguma coisa por aqui além do cardápio?"
"Não de propósito," respondo.
Antes de sair da cozinha, pergunta:
Cheiro estranho por aqui não é?
"É..."
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