Londres

Contemplei Londres pela primeira vez com os olhos da imaginação. Foi aos 7 anos de idade, lendo o livro "A Pequena Princesa" de Frances Hodgson Burnett. O primeiro livro sem figuras coloridas que li, de onde também herdei as primeiras impressões do mundo indiano.
As manhãs chuvosas e geladas  ganharam maior tonalidade e novas nuances, mas estavam tão bem desenhadas na memória, que me pareciam familiares desde os primeiros passos pelas ruas de Londres.
Pompa e história estão por toda a parte e é difícil fixar os olhos em um só objeto de admiração. O fascínio da realeza, de todo aquele cerimonialismo austero, das tradições, das histórias de heróis medievais, das batalhas sangrentas, dos cenários de tortura e de execução, dos príncipes e princesas de carne e osso, dos reis e rainhas que fizeram a história nem tão bonita como nos contos infantis, nem tão feia que não tenha magia e encantamento. Romance, tragédia, comédia, enganos, acertos e erros escritos com sangue e suor e boa oratória de grandes escritores.
Londres de Sherlock Homes, de Jeeves and Wooster e de Minha Bela Dama. Londres dos romanos, dos anglo-saxões,  dos cavaleiros medievais, dos Tudor, dos Stuart, de Victória e Elizabeth. Ah, Londres das artes, da ópera, dos musicais, da pompa das noites de gala! Nenhum lugar melhor para assistir ao Fantasma da Ópera em versão original e bem afinada.
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1 Response
  1. Unknown Says:

    gosto tanto do jeito q vc escreve...


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