Uma semana sem televisão, sem internet, sem celular, sem ligação com o mundo civilizado. Volto e as coisas estão todas de papo para o ar. Fiquei pasma ao saber que o Jean ganhou o prêmio do Big Brother. Ô classe unida! Aliás , fiquei chocada em saber que tinha perdido o emocionante final deste reality show. Pela primeira vez torci por uma loira e senti por não ser ela a brother campeã.

Mas, como bem desconfiava minha mente loirofóbica, a garota não é lá tão inteligente quanto cheguei a supor. Pois se fosse não continuava com aquele ogro do Alan. Bem, aqui estou eu, a discutir gostos outra vez. Não aprendo nunca! E ainda por cima, tecendo comentários sobre o programa de massa mais assistido do país. Bem ou mal, ele não deixou de nos educar, alguém há de concordar comigo. E que atire a primeira pedra quem nunca assistiu e torceu pela Grazi, ou pela Pink. Nomes mais folclóricos... É a vida imitando a arte.

Recebo também, estarrecida, a notícia de que os americanos deixaram mesmo a Terry Schiavo morrer. Senti sua morte como a de uma velha conhecida. Torcia por ela, aliás acho que, como boa brasileira , vivo a torcer pela vida, sempre pela vida. Já a sentia próxima de mim, de tanto assistir ao seu tormento na Tv. Imaginei os prantos de seus pais e o alívio do marido. O pranto dos pais também vai se transformar em alívio com o passar do tempo, mas a dor da morte é sempre maior pra quem viu nascer. Que Deus os console.

Assisto, reverente, o papa agonizar diante de um mundo perplexo. Os católicos esperam o momento de chorar a morte de seu líder. A vinheta da globo já estava pronta desde que ele fez a primeira operação em fevereiro, mas o líder religioso continuava a demonstrar forças respirando. Até que, finalmente, a notícia oficial de sua morte é divulgada. Não sou católica , mas senti uma estranha comoção ao noticiar o fato na rádio local. Mais do que um abalo no sistema católico, é um marco histórico cheio de particularidades....