Quando cheguei em Fordlândia, a primeira impressão que tive foi a de estar numa cidade fantasma. Impressão confirmada ao chegar à Vila Americana, era como se tivesse voltado no tempo. Ao andar por aquelas alamedas é impossível não pensar em como seria aquilo tudo funcionando. As casas, hoje desertas, as mangueiras plantadas no caminho, as calçadas, tudo tem cheiro de passado, de história que não progrediu. E o sentimento de pasmo se mistura à melancolia por causa do abandono daquele lugar. Muito já se perdeu e é pena que continue a ser deteriorado. É a história de um pedaço do Brasil que se perde, de um povo que ainda não aprendeu a caminhar com as próprias pernas, que vive do passado, mas que ainda não sabe como preservá-lo.