O beco da Maria Rei







Escócia é um lugar cheio de surpresas, principalmente pra quem não olha onde pisa. Marcas da história estão literalmente sob os pés de quem vaga pelas ruas de Edimburgo, a capital escocesa. O castelo de Edimburgo é destino certo de turistas e historiadores. E foi a caminho do castelo que aprendemos sobre o beco da Maria Rei (Mary King’s Close). As ruas largas e mais estruturadas da Edimburgo atual foram construidas sobre outras ruas, casas e quarteirões inteiros. Mas o beco da Maria Rei foi preservado como testemunha de um passado enterrado há seculos.  Pra entrar no beco é preciso fazer uma viagem ao subsolo. A gente desce uns degraus e pronto, volta alguns 400 anos no tempo. É fascinante, mas não é pra claustrofóbicos. O lugar é escuro, apertado e fantasmagórico. A gente entra em casas ainda preservadas no beco, aprende sobre seus ex-moradores e tem uma descrição vívida sobre a vida, a morte e o sistema sanitário do século XVII nesta parte da Escócia.  Pouco mais de 400 anos atrás, você não gostaria de estar perambulando por este beco às 7 da manhã ou às 10 da noite. Este era o horário em que os moradores da vila costumavam se desfazer de todo o material fisiológico acumulado nos pinicos, bem ali, direto na rua. Os dejetos deslizavam pela ladeira íngrime até chegarem ao rio. Imaginei a cena, o cheiro, e não precisei de almoço por um tempo.
Obs: Maria Rei foi uma das moradoras mais influentes desse beco.  Uma negociante de tecidos que acabou emprestando o nome ao lugar.
Imagens e mais informações aqui... (eles não deixam tirar foto L)
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2 Responses
  1. Anônimo Says:

    Ei, Wal, obrigada por dividir seu conhecimento com a gente... fico viajando no seu texto, me imaginando no século XVII... Continue postando! Valeu mesmo!


  2. Sim senhora! Nesse blog vc manda, Iara... acabou de ser promovida a assessora (sem pagamento extra, claro)... vou ali ver se aprendi a lição "como roubar um arquivo de música e postar no blog como se fosse seu"


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