Viajando...

Tanto assunto pra escrever, tantas fotos pra postar e quase nada de tempo pra internet...Mas, promessa, em breve, alguns posts legais das super-aventuras na Inglaterra. Esse lugar 'e o bicho da goiaba!!!!!!

Depois da tempestade...















Vêm os acidentes...

Adeus por antecipação


Já estou com saudades dessa brancura sem fim. É frio de doer, mas é tão bonito. Depois de amanhã, neve talvez só em alguns anos. Na Inglaterra a curta temporada de neve já passou. Interessante é que durante anos não nevava por lá. Muitas crianças inglesas ficaram tão surpresas quanto eu ao ver neve pela primeira vez. Mas durou pouco. Bom pra eles. A volta pros E.U.A. acontece quase no verão e aí a gente desmonta acampamento rumo à Jamaica, onde neve só mesmo de algodão, como a gente costuma fazer no Brasil em tempos de natal. Foi bom. Duas coisas que não fiz e talvez não tenha tempo de fazer antes da viagem: Boneco e Anjinho de neve.

De malas prontas!

As malas estão prontas desde a última terça-feira. Já foram pesadas e revistoriadas uma dezena de vezes... Nenhum ml a mais de shampoo, nenhum mapa a menos, e uma extensa lista de atividades planejada e projetada para os próximos dois meses que prometem ser os melhores dessa temporada de viagens. Duas semanas na Inglaterra, 1 mês inteiro na India e mais duas semanas na Escócia. Daí que fazer malas pra dois climas completamente opostos em doses intercaladas não é tarefa fácil. Roupas de frio na mala preta, roupas de calor na mala vermelha, suplementos alimentares, itens de higiene e de primeiros socorros plastificados e bem separados, uma longa dose de encomendas feitas por gente de três países e ainda tem que sobrar espaço para sapatos e livros. A equação foi resolvida depois de muito esforço mental e físico. Já tentou fechar uma mala contendo o dobro de volume permitido? O mais preocupante, porém, era o peso, e este, milagrosamente consta abaixo do estimado.

Museu Abraham Lincoln

O que mais me encanta na biografia de Lincoln é o que pode ser lido nas entrelinhas do rosto pintado e recriado por artistas diversos. Tristeza, não depressão. Sabedoria, não arrogância. Compaixão em vez de austeridade. E paciência, muita paciência. Um caráter moldado pelo sofrimento e pela força de vontade desde os primeiros anos de infância desse homem sem religião declarada que demonstrava ter muito conhecimento de Deus.










Em 1858 Abraham Lincoln tentou ser eleito como senador mas foi derrotado por Stephen Douglas.Inimigo político e, a meu ver, pessoal.  E foi nessa batalha perdida que Lincoln ganhou renome e respeito. Dois anos depois ele seria eleito presidente num dos processos eleitorais mais dramáticos dos Estados Unidos, na fase mais dramática do país. Estados do Sul sequer tinham o nome dele na cédula de votação. O discurso abolicionista de Lincoln e o sistema econômico baseado na mão-de-obra escrava não combinavam. O Norte, com economia mais forte e menos dependente de escravos, apoiava o presidente. Daí veio a guerra civil. Milhares de mortes num episódio que dividiu famílias e alistou meninos soldados. Quase cinco anos sob pressão social e política. E sob pressão você mostra quem realmente é. Lincoln mostrou-se um exemplo de líderança e humanidade (no bom sentido do termo).



Lincoln e eu.

E o que era bom virou mau

Quem vive longe do país sabe bem o que é saudade e como a gente faz de tudo pra saber se vai tudo bem nesse Brasilzão de todos nós. Notícias boas me fazem encher a boca e o peito pra dizer "eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor..." e coisas assim... Notícias ruins me deixam triste. Mas certas notícias me deixam indignada, como o caso da estudante que teria sido impedida de assistir a aula por estar usando roupa curta.

Houve um tempo no Brasil em que "Moral e Cívica" era uma disciplina encaixada na grade curricular. Em respeito à Bandeira e ao País, alunos cantavam de cor o hino nacional com as mãos no peito e a cara pro sol e nem pensar em boné na cabeça, o que era considerado severo desrespeito. Nas escolas públicas da minha cidade (Santarém), alunos entravam na sala de aula de uniforme passado e engomado. Excessão só mesmo em caso de extrema necessidade, geralmente no início do ano, quando os pais não tinham dinheiro suficiente pra comprar uniforme e material didático tudo ao mesmo tempo. Shorts e bermudas  eram permitidos pra Educação Física que era em outro horário pra não dar confusão. E responder feio pra professor era caso de suspensão ou coisa pior. Daí que as escolas e o Brasil e o mundo vão mudando, mudando... O uniforme foi abolido há tempos...  ninguem quer nem saber de vestir a mesma roupa todo-mundo-igual. Hino nacional só em tempo de copa e só aqueles três ou quatro primeiros versos, como é que é mesmo? Aula de boas maneiras? Responder pra professor?  Que nada, bater em professor é que não é politicamente aceitável (ainda), sem brincadeira, nem exageros. A aula de moral foi pro beleléu e o respeito perdeu o lugar dentro e fora da escola... E quanto a roupas, bem, o aluno pode ir como bem quiser e entender. Cada um faz o que dá na telha. A estudante pode escolher a menor micro saia do armário pra assistir aula que tá tudo bem. Se professor reclama ou põe pra fora, é julgado e condenado por desrespeitar o aluno. E o respeito ao professor?